O Estado de S. Paulo

Moraes nega mal-estar com presidente

- Felipe Resk

Após ser desautoriz­ado pelo presidente em exercício Michel Temer, que afirmou que vai manter a tradição de escolher o primeiro da lista tríplice encaminhad­a pelo Ministério Público Federal para a escolha do procurador-geral da República, o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, negou ontem que tenha havido mal-estar e disse que escolher o mais votado é “muito bom para o Ministério Público”.

“Não houve nenhum mal-estar, de forma alguma. Como bem disse o presidente, quem escolhe é o presidente. Ele tem essa discricion­ariedade, optou e vai optar por escolher o primeiro – que é muito bom para o Ministério Público”, disse Moraes. Ao jornal Folha de S.Paulo, o ministro havia afirmado que o presidente não era obrigado a escolher o procurador mais votado da lista. “Jamais havia conversado isso com o presidente, até porque ( a escolha é) só daqui a um ano e meio.”

Ex-secretário da Segurança Pública de São Paulo, o ministro participou ontem de um evento no Palácio dos Bandeirant­es, sede do governo paulista, e afirmou que vai usar a Polícia Rodoviária Federal e estabelece­r parcerias com todos os Estados e com o Distrito Federal para combater a entrada de drogas e armas no território brasileiro. Moraes também disse que vai ampliar o plano de redução de homicídios do Estado para todo o Brasil.

O ministro afirmou, ainda, que se reuniu por mais de três horas com a diretoria da Polícia Federal anteontem para ser apresentad­o aos programas e operações em andamento e “fixar prioridade­s”. Moraes também disse que discutiu os planos de combate à entrada de drogas e armas com os ministros Raul Jungmann, da Defesa, e José Serra, das Relações Exteriores.

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