Americano entrevista petista
A presidente afastada Dilma Rousseff concedeu ontem entrevista para o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, responsável pela divulgação dos dados fornecidos pelo ex-agente de segurança Edward Snowden ra o Senado concluir o processo. Agora, no entanto, sem poder definir um dia D para o julgamento do caso, os senadores adotaram um tom mais cauteloso. Anastasia foi evasivo e evitou fixar uma data para divulgar o parecer dessa segunda fase dos trabalhos da comissão. Ele informou que a palavra final do Senado sobre a situação de Dilma poderia ser em meados de setembro.
Dilma foi afastada na quartafeira passada pelo Senado por 55 votos a 22. A medida a suspende do cargo de presidente por 180 dias, prazo final para que ela seja julgada. A partir de agora, a comissão do impeachment deverá reunir provas e ouvir testemunhas de defesa e acusação. O ex-presidente Lula vai revisar a defesa de Dilma que será enviada ao Senado. O prazo da petista termina dia 1.º de junho.
Temer. Já no Supremo, o ministro Marco Aurélio Mello liberou para julgamento o mandado de segurança que pede a abertura de um processo de impeachment na Câmara contra o então vice-presidente e atual presidente da República em exercício, Michel Temer. Agora caberá a Lewandowski definir a data para inclusão do caso na pauta do plenário.
Marco Aurélio foi o responsável pela decisão liminar que determinou há cerca de um mês que a Câmara desse prosseguimento à denúncia contra Temer. O ministro decidiu, na ocasião, que o então presidente da Câmara, Eduar d o Cunha (PMDB-RJ), hoje afastado do cargo, deveria aceitar o pedido de impeachment contra o peemedebista e determinar a instalação de uma comissão especial para analisar o caso. Em parecer encaminhado ao tribunal, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, avaliou que é possível existir impeachment de vice-presidente da República, mas defendeu que o plenário da Corte derrube a liminar que determinou a abertura do processo de impedimento contra Temer.