O Estado de S. Paulo

Legenda passa a permitir aliança com ‘setores’ do PMDB

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A cúpula do PT decidiu ontem restringir as alianças nas eleições municipais a partidos que votaram contra o impeachmen­t, mas abriu brecha para coligações com setores do PMDB que ficaram ao lado da presidente afastada Dilma Rousseff.

Dirigentes petistas alegaram não ser possível vetar dobradinha­s com partidos inteiros, mas,

correlação de forças no partido.

Sob o mote “Não ao Golpe! Fora Temer!”, o PT tenta associar agora o combate ao governo comandado pelo PMDB a uma estratégia para a reconstruç­ão de sua imagem, calcada na “volta às origens”. Não sem motivo sim, com “políticos” que apoiam o governo interino de Michel Temer. Alas mais à esquerda, porém, protestara­m e defenderam a proibição formal. O PSB é uma das legendas que ficaram divididas em alas pró e contra o afastament­o de Dilma e poderá se aliar ao PT em alguns casos.

O presidente do PT, Rui Falcão, disse que as coligações serão “preferenci­almente” com o PDT e o PC do B. “Se alguém do PMDB que não tenha apoiado o impeachmen­t quiser participar conosco, desde que adote programas do PT, não há nenhuma obje-

o PT admitiu a contaminaç­ão pelo financiame­nto empresaria­l de campanhas, “estrutura celular de como as classes dominantes se articulam com o Estado, controland­o governos”. Foi aí que se originou a primeira crise do governo do PT, com o escân- ção”, afirmou Falcão.

O apoio a candidatos que tenham defendido o impeachmen­t está proibido. A eleição em São Paulo, onde o prefeito Fernando Haddad (PT) disputa o segundo mandato, é considerad­a a “joia da coroa”. São citadas como prioridade­s as disputas em outras capitais, em cidades com mais de 100 mil eleitores e nas considerad­as “pólos econômicos regionais”.

Depois de admitir erros no financiame­nto eleitoral, o comando do PT pretende assegurar a “autossuste­ntação” das campanhas.

dalo do mensalão, em 2005.

Os petistas também mostraram arrependim­ento por terem confiado na “governalid­ade institucio­nal”, a partir de alianças ao centro, como a parceria com o PMDB, não dando a “devida atenção” a siglas mais à esquerda.

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