O Estado de S. Paulo

Bruna Lombardi e Eliane Costa não aceitam convite

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Persiste a dificuldad­e do governo em encontrar alguém que aceite assumir a Secretaria Nacional de Cultura. Nesta terça-feira, 17, foram procuradas a atriz Bruna Lombardi e a consultora de projetos culturais da Funda-

Scandurra criticou um recente vídeo em que o deputado Marco Feliciano pedia aos artistas que deixassem de procurar o MinC e passassem ao Ministério do Trabalho. “Esse cara não merece nosso respeito. Estou à ção Getúlio Vargas, Eliane Costa. Ambas não aceitaram.

A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) tem sido uma das principais articulado­ras das sondagens. Bruna argumentou que está envolvida em seus projetos profission­ais para aceitar o cargo, além de não ter intenção de entrar na política. Já Eliane Costa disse que “não trabalha para governo golpista” e “nem será coveira do MinC”.

disposição, ofereço minhas mãos e forças para essa nossa luta.”

Anitelli disse que o fim do MinC se deu pelo histórico de alianças equivocada­s entre certa parcela da esquerda. “A conta chegou! Agora precisamos olhar para o que é comum entre nós. Essa luta tem que ser pedagógica, lado a lado para reconstrui­rmos esse novo caminho. Seja no teatro, na música ou em qualquer arte, precisamos colocar a nossa indignação. Onde sobra intolerânc­ia, falta inteligênc­ia”, comentou.

Para Marilena Chauí, a perda da pasta atinge a essência da criação artística. “A cultura é a capacidade de criação simbólica e de relação com o ausente. É por meio da memória que resgata o passado, é por meio da esperança que vislumbram­os o futuro de um país. Esse governo não pode suprimir a cultura, que é a essência de todos nós. Isso se refere a toda a sociedade brasileira”, afirmou.

Ex-secretário municipal da Cultura de São Paulo, o vereador Nabil Bonduki disse que a intenção de reduzir a pasta atinge a capacidade de reação da sociedade. “A cultura é articulado­ra da crítica e tudo que esse governo quer é extinguir”, disse. A cineasta Eliane Caffé atentou que é preciso colocar nomes nos atores do cenário político. “É um golpe e só quando nomeamos é que a história vai caminhar.”

Ao longo da última semana, artistas realizaram atos na sedes do MinC em Belo Horizonte, nos prédios do Iphan em Curitiba, Ceará, Rio Grande do Norte e, no Rio de Janeiro, também foram ocupados por artistas. Ainda estão previstas manifestaç­ões em Salvador. Em São Paulo, os manifestan­tes seguiram para a sede da Funarte, que segue ocupada com debates e encontros programado­s para o longo da semana.

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