Dilma vai depor para Odebrecht
O juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações da Operação Lava Jato na primeira instância, mandou comunicar à presidente afastada Dilma Rousseff que ela foi arrolada como testemunha de defesa do empreiteiro Marcelo Odebrecht, preso desde junho de
da conversa, mas teria tido acesos a trechos do acordo delação de Cerveró que, na época, ainda estava em negociação.
Investigações. Os demais inquéritos contra Lula e Delcídio no Supremo envolvem pessoas com foro, o que faz com que os processos permaneçam nas mãos de Teori. O ex-presidente, por exemplo, também é alvo 2015 e condenado a 19 anos de prisão no âmbito da Lava Jato.
Odebrecht está negociando delação premiada. Investigadores estão na expectativa de que ele poderá revelar detalhes sobre financiamento da campanha da petista em 2010 e em 2014. Desde fevereiro está preso o marqueteiro João Santana, que atuou nas campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2006) e de Dilma. Investigação
de um pedido de inquérito ao lado da presidente afastada Dilma Rousseff por tentativa de obstruir a Justiça. Dilma mantém o foro privilegiado até a conclusão da análise do impeachment no Congresso.
Janot também pediu a Teori para incluir Lula no inquérito mãe da Operação Lava Jato conhecido como “quadrilhão”. Nesse processo, há diversos políticos com foro, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Está no Supremo também a investigação sobre o sítio em Atibaia e no tríplex no Guarujá, no interior e no litoral paulistas, respectivamente, imóveis que seriam usados por Lu- revela depósitos de US$ 7,5 milhões em favor de Santana realizados pela Odebrecht em 2014.
A defesa de Odebrecht arrolou Dilma nos autos da Operação Xepa, 26ª etapa da Lava Jato. Moro mandou expedir ofício à presidente afastada solicitando a ela que responda se quer ser ouvida em audiência ou que lhe sejam encaminhadas perguntas por escrito. la. Em março, Teori determinou que Moro encaminhasse os processos que envolviam o petista ao STF, por conta do episódio envolvendo a divulgação de telefonemas entre Dilma e Lula.
Defesa. Em nota, o Instituto Lula diz que o ex-presidente “já esclareceu ao Ministério Público, em depoimento no dia 7 de abril, que as afirmações de Delcídio sobre o caso são falsas as afirmações do réu confesso Delcídio Amaral”.
“E já respondeu a essa falsa denúncia, perante o Supremo Tribunal Federal, no dia 27 de maio. Lula sempre agiu dentro da lei”, afirma a nota.