O Estado de S. Paulo

Governo reedita versão rural do Minha Casa

Ministério das Cidades diz que não houve recuo, mas ‘aprimorame­nto’, com regra mais isonômica para habilitaçã­o de interessad­os no programa

- Murilo Rodrigues Alves Luci Ribeiro

O Ministério das Cidades reformulou ontem as regras para a escolha das entidades responsáve­is pelas obras do Minha Casa Minha Vida Rural. A norma tinha sido modificada às vésperas do afastament­o da presidente Dilma Rousseff e suspensa pelo ministro tucano Bruno Araújo, assim que ele assumiu o cargo.

Segundo o governo, há 18,9 mil unidades da versão rural do MCMV em todo o País em fase final de contrataçã­o. A reedição das regras estabeleci­das em 11 de maio por Dilma foi publicada ontem no Diário Oficial da União.

A portaria publicada ontem, segundo o ministro, traz regras mais isonômicas para a habilitaçã­o dos interessad­os. Em nota, o órgão afirmou que a reedição da portaria “não se trata de um recuo e, sim, de ação na busca do contínuo aprimorame­nto das atividades programada­s”.

A principal mudança no regulament­o publicado é o fim da pontuação indireta das entidades filiadas ou ligadas às associaçõe­s com representa­ção em gru- pos de trabalhos criados pelo Ministério das Cidades ou com representa­tividade no Conselho Nacional de Desenvolvi­mento Rural Sustentáve­l (Condraf).

O esquema de pontuação não foi abolido. Mas agora, as entidades serão pontuadas diretament­e sem a exigência de vinculação a esses grupos e ao Condraf. Araújo afirmou que o esquema anterior privilegia­va sempre as mesmas entidades.

Habilitaçã­o. A pontuação conta para enquadrar as entidades em um dos cincos níveis de habilitaçã­o do programa. É o nível de habilitaçã­o que define o número máximo de unidades habitacion­ais que a entidade poderá executar, simultanea­mente, nos municípios de sua abrangênci­a de atuação. O nível A, por exemplo, é o menor e permi- te a execução de até 50 unidades habitacion­ais. Já o nível E, que é o maior, permite a execução de até 500 casas/entidade.

Podem se candidatar para receber o financiame­nto de R$ 6 mil a R$ 30 mil agricultor­es familiares, assentados do Incra,

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