O Estado de S. Paulo

Amigos de vítimas fazem vigílias e tentam entender o que ocorreu

Nas proximidad­es da boate Pulse, grupos de frequentad­ores avaliam que ataque mudará rotina de clubes LGBT

- Cláudia Trevisan

Como muitos integrante­s da comunidade LGBT de Orlando, Janice Rivera, de 24 anos, tentava ontem entender o que ocorreu na madrugada de ontem na Pulse, uma das casas noturnas da cidade que costuma frequentar. A poucos metros do local, ela e cinco amigas lésbicas faziam uma vigília com velas em homenagem às 50 pessoas que morreram e se perguntava­m se a ação foi um crime de ódio contra homossexua­is, um atentado terrorista ou ambos.

A Pulse é um dos clubes que faz parte do circuito noturno gay de Janice, ao lado do Parliament House e do Revolution. Por acaso, ela não estava lá na noite de sábado, quando a casa promoveu uma festa latina. “Era um lugar para todo mundo – heterossex­uais, gays, lésbicas, jovens, velhos. Todo mundo era bem-vindo”, disse ao Estado. “Tudo que tem a ver com e promove eventos de afirmação e conscienti­zação. A Pulse é um dos cinco maiores estabeleci­mentos gays de Orlando. “Durante toda esta semana irei a velórios. Não sei quem estava lá, mas sei que vou reconhecer”, diz Raymond Michael Sharpe, de 55 anos, funcionári­o de outro bar gay, que falou com empregados e clientes da Pulse depois do ataque. Ele disse que Barbara Poma está viva, assim como a gerente Cindy Barbalock. Centenas de pessoas mandaram orações, pensamento­s e condolênci­as para a página da boate no Facebook.

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ALEX SILVA/ESTADAO São Paulo. No Masp, grupo fez vigília pelas vítimas nos EUA

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