Amigos de vítimas fazem vigílias e tentam entender o que ocorreu
Nas proximidades da boate Pulse, grupos de frequentadores avaliam que ataque mudará rotina de clubes LGBT
Como muitos integrantes da comunidade LGBT de Orlando, Janice Rivera, de 24 anos, tentava ontem entender o que ocorreu na madrugada de ontem na Pulse, uma das casas noturnas da cidade que costuma frequentar. A poucos metros do local, ela e cinco amigas lésbicas faziam uma vigília com velas em homenagem às 50 pessoas que morreram e se perguntavam se a ação foi um crime de ódio contra homossexuais, um atentado terrorista ou ambos.
A Pulse é um dos clubes que faz parte do circuito noturno gay de Janice, ao lado do Parliament House e do Revolution. Por acaso, ela não estava lá na noite de sábado, quando a casa promoveu uma festa latina. “Era um lugar para todo mundo – heterossexuais, gays, lésbicas, jovens, velhos. Todo mundo era bem-vindo”, disse ao Estado. “Tudo que tem a ver com e promove eventos de afirmação e conscientização. A Pulse é um dos cinco maiores estabelecimentos gays de Orlando. “Durante toda esta semana irei a velórios. Não sei quem estava lá, mas sei que vou reconhecer”, diz Raymond Michael Sharpe, de 55 anos, funcionário de outro bar gay, que falou com empregados e clientes da Pulse depois do ataque. Ele disse que Barbara Poma está viva, assim como a gerente Cindy Barbalock. Centenas de pessoas mandaram orações, pensamentos e condolências para a página da boate no Facebook.