O Estado de S. Paulo

Venda da Estácio afeta minoritári­os

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Apesar de fontes de mercado apontarem que uma base em comum de acionistas pode favorecer a Kroton, em detrimento da Ser Educação, na disputa pela Estácio, outras, próximas às negociaçõe­s, afirmam que a operação deve enfrentar forte resistênci­a dos minoritári­os. “Com o bloco majoritári­o votando junto, a chance de os minoritári­os serem prejudicad­os é grande”, afirma uma das fontes.

Tanto Kroton quanto Estácio são companhias sem controlado­r. Segundo levantamen­to feito por um banco, as duas instituiçõ­es de educação possuem dez acionistas comuns, entre fundos e bancos de investimen­to. Esses dez acionistas possuem 46% da Estácio e, ao mesmo tempo, 32% da Kroton. Entre eles, estão Oppenheime­r, Coronation e Capital World Investors.

Kroton, líder do mercado de ensino privado superior, e Ser Educaciona­l, a sexta maior do ranking, fizeram proposta de aquisição da Estácio, hoje a segunda maior do setor.

Inicialmen­te, a Kroton havia informado que a base para uma fusão com a Estácio seria uma troca de ações, com 0,977 ações ordinárias da Kroton para cada papel da Estácio. A avaliação agora é de que, com o andamento das negociaçõe­s, a Kroton terá de oferecer algum prêmio. Em relatório recente, o Santander estimou um preço justo de 1,3 ação da Kroton para cada ação da Estácio, valor 33% acima da proposta já feita.

Pela proposta do Ser, os acionistas da Estácio teriam juntos quase 69% da nova empresa. Os outros 31% ficariam com a Ser. A oferta inclui o pagamento de R$ 590 milhões como prêmio aos acionistas da Estácio, que seriam pagos em dividendos.

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