São Paulo esbraveja contra arbitragem
Valente, equipe acaba eliminada na Colômbia após derrota por 2 a 1. Jogadores reclamam de pênalti não marcado
A eliminação do São Paulo na Copa Libertadores poderia ter vindo apenas com elogios à valentia do time, mas será mais lembrada por um erro de arbitragem em um momento crucial do jogo – o time reclama um pênalti não marcado em Hudson, no final do primeiro tempo. A equipe teve um começo de jogo muito bom contra o Atlético Nacional, em Medellín, ontem, até falhar, levar a virada e ter dois jogadores expulsos após a equipe colombiana fazer o 2 a 1.
O adeus na semifinal da Libertadores acabou selado aos 32 minutos da etapa final. Foi quando Borja converteu um pênalti. Revoltados com a arbitragem, Lugano e Wesley acabaram expulsos. Foram dez minutos de paralisação até o jogo ser retomado. O saldo da confusão minou a chance do time.
“Ele acabou com o jogo. Começando no primeiro tempo e depois com essa palhaçada, expulsando dois do nosso time”, disse Hudson após o jogo. “Eu estava de frente para o gol, absoluto para fazer o gol, e ele me empurrou por trás”, completou sobre o pênalti. Outro inconformado era Michel Bastos. “Nem ele sabe o que fez, não entendi porque não fiz nada. Nós só fomos perguntar para ele qual o critério, não ter dado um pênalti para nós.”
O torcedor do São Paulo terá muito a lamentar sobre a eliminação na Libertadores. Poderá reclamar da pausa antes da semifinal, da má sorte pelos desfalques ou se queixar de decisões da arbitragem nos jogos contra o Nacional. Se tem um fator que não merece ressalvas foi a entrega dos jogadores.
O então criticado time, que em 2015 levou goleadas dos rivais, se despediu da Libertadores de forma aguerrida — até demais. Mesmo diante da complicada missão de derrotar o dono da melhor campanha, mostrou coragem em Medellín diante de um adversário superior.
A missão de derrubar o melhor time da Libertadores ficou mais palpável aos nove minutos. Michel Bastos foi à linha de fundo e cruzou para Calleri, de cabeça, abrir o placar.
Porém, pouco depois, um apagão defensivo fez um avanço do Nacional terminar em gol após a bola passar por Lugano e se
Decisão na Argentina Boca Juniors e Independente del Valle definem hoje, às 21h45, na Bombonera, o outro finalista da Libertadores. Os equatorianos venceram o jogo de ida por 2 a 1, na semana passada, em Quito. encaminhar para Borja igualar aos 15 minutos.
O empate foi um golpe duro, mas o time demonstrou mais uma vez ser frio o suficiente para não se abalar. Calleri acertou o travessão em uma cabeçada logo depois e teve outra chance em seguida. O Nacional também começou a se acalmar, superou o susto e perdeu boas chances antes do fim do primeiro tempo, quando surgiu o lance capital do jogo. Hudson recebeu dentro da área, ganhou es- paço e sofreu pênalti, ignorado pela arbitragem.
A boa atuação na primeira parte do jogo pouco alterou a missão do São Paulo. Em vez de ter 90 minutos para fazer dois gols para levar aos pênaltis, teria 45 para também marcar dois gols para avançar à final.
A urgência em atacar levou o técnico Edgardo Bauza a mexer, com a entrada de Alan Kardec na vaga do volante Hudson. Quem avança, se expõe, e o Nacional se aproveitou para assus- tar. A necessidade de correr riscos gerou efeito contrário. O São Paulo ficou desorganizado e iniciou a se sentir sufocado pela falta de tempo. Eram 30 minutos e sem chutar a gol na etapa final, o time teve um pênalti marcado contra por toque de mão de Carlinhos para sepultar completamente o sonho.
A partir disso, as expulsões e a certeza de eliminação, fizeram os minutos restantes serem protocolares para marcarem a despedida do São Paulo.