Executivo diz que Fifa manipulada sorteios
Os sorteios das chaves da Copa do Mundo são alvos de manipulação. Quem confirma isso é Benny Alon, executivo que por anos operou na organização de Mundiais em parcerias com países-sede e empresas que sustentaram as operações de vendas de entradas para os torneios.
Hoje, Alon lidera uma batalha judicial milionária contra a Fifa, que também o acusa de irregularidades. Mas o executivo, que tem colaborado com a Justiça suíça, revela que nem sequer os sorteios de chaves do Mundial estão isentos.
Um dos casos mais explícitos teria sido o da Copa de 1994, nos EUA. “Um dia antes do sorteio, estava com os organizadores que me confirmavam a pressão do México para jogar em Orlando”, contou.
A cidade tinha uma importante comunidade de torcedores mexicanos e atendia aos interesses dos patrocinadores. Quando o sorteio ocorreu, o México caiu no Grupo E, que se dividiria entre Washington e Orlando. “Não sei como fizeram com as bolinhas. Mas a realidade é que o pedido dos mexicanos foi atendido no sorteio”, indicou Alon.
Procurada pela reportagem, a Fifa não respondeu. Em junho deste ano e já afastado, o ex-presidente Joseph Blatter confirmou que sorteios para torneios internacionais foram alvos de manipulação. Mas garantiu que, sob seu mandato na Fifa, isso “jamais ocorreu”.