O Estado de S. Paulo

Prestação de serviços cai 5,1% de janeiro a maio

- Daniela Amorim /

Em meio à falta de sinais claros de retomada na demanda de empresas, governos e famílias, o volume de serviços prestados ficou praticamen­te estagnado em relação a abril, com ligeira queda de 0,1%. Na comparação com maio de 2015 a queda alcançou 6,1%, o pior resultado para o mês desde o início, em 2012, da Pesquisa Mensal de Serviços pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE).

Foi o 14º mês seguido de queda. Nos cinco primeiros meses de 2016, o volume de serviços acumula queda de 5,1%. Em 12 meses , o recuo é de 4,8%.

Somado ao recuo nas vendas do varejo (de 1% em maio ante abril) divulgado anteontem, o setor de serviços deve contribuir negativame­nte para o desempenho da atividade econômica no segundo trimestre. “Nesse sentido, a despeito da acomodação que se materializ­a nos dados da produção industrial, o cenário mais provável é de nova queda do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre”, avaliam os analistas Rafael Bacciotti e Thiago Xavier, da Tendências Consultori­a. O resultado dos serviços veio em linha com o da produção industrial, um dos principais demandante­s do setor, diz Roberto Saldanha, da Coordenaçã­o de Serviços e Comércio do IBGE.

“Em relação a abril, o volume de serviços acompanhou o movimento do setor industrial, que também ficou estável. Isso mostra como o setor de serviços depende do setor industrial, como é vulnerável (à indústria)”, diz Saldanha. Na comparação com maio de 2015, também houve queda acentuada na produção, de 7,8%, segundo a Pesquisa Industrial Mensal.

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