Novo ‘CaçaFantasmas’, que estreia hoje, provoca discussão sobre a força das mulheres
Na teoria, um novo filme dos Caça-Fantasmas seria sucesso garantido. Uma geração inteira depois que Bill Murray, Dan Aykroyd, Harold Ramis e Ernie Hudson defenderam Nova York de terrores paranormais e um gigantesco homem de marshmallow na superprodução cômica de Ivan Reitman, de 1984 (com uma sequência em 1989), e após anos de tentativas frustradas de retomadas e recomeços, parecia que era a hora certa para um novo grupo lidar com as mochilas de prótons e o Ecto-1. E quem melhor para enfrentar esse desafio que Kristen Wiig, de Missão Madrinha de Casamento e sua colega, Melissa McCarthy, indicada para o Oscar, ao lado de Leslie Jones e Kate McKinnon de Saturday Night Live? E, além delas, por que não o diretor Paul Feig, que trabalhou com Melissa e luta por uma maior representação feminina em Hollywood?
Só que nem todo mundo está esperando, empolgado, a nova versão que chega nesta quinta, 14, aos cinemas brasileiros: desde o anúncio dos nomes das protagonistas, em janeiro, houve críticas intensas de uma parte do público que, embora não tenha visto o filme, já disse que ele não deveria ter sido feito e que o elenco feminino não passa de concessão à correção política.
Embora algumas estrelas do filme tenham revidado os ataques dos detratores machistas nas redes sociais e as acusações do tipo “Você arruinou a minha infância!”, outras evitaram se manifestar. Entretanto, as atrizes e o diretor se reuniram para falar da produção e da briga feia e oportuna, embora inesperada, que começaram. Como grupo, às vezes pareciam mais um quinteto atrapalhado e risonho, comentando e completando as piadas uns dos outros – mas também se revelaram defensores apaixonados de seu trabalho e da equipe, conscientes do que o debate sobre “os caça-fantasmas” realmente diz em relação ao sentimento das pessoas sobre a questão de gênero, na tela e fora dela.
PLeia entrevista com elenco e diretor de ‘Caça-Fantasmas’ na pág. C5