O Estado de S. Paulo

Alvo de Haddad, Marta mira em Russomanno

Três candidatos disputam votos da periferia na reta final; peemedebis­ta vai negar apoio às reformas de Temer e petista manterá estratégia de ataque

- Pedro Venceslau

A senadora licenciada, por sua vez, manterá sua artilharia voltada para Celso Russomanno, do PRB, na disputa pela segunda vaga e tentar chegar ao segundo turno.

A avaliação geral das campanhas é de que o candidato do PSDB, João Doria, já tem uma vaga garantida. O tucano, porém, não conseguiu se consolidar na periferia, que é disputada pelos demais adversário­s.

O comitê de Marta comemorou o resultado da pesquisa Ibope/ Estado/ TV Globo divulgada ontem, enquanto os petistas fi- Esperança caram frustrados.

Havia o temor entre aliados da peemedebis­ta de que o desgaste causado pela ofensiva do prefeito fosse maior. Haddad usou pelo menos um terço de seus programas de rádio e TV nas últimas semanas para dizer que Marta é favorável às reformas trabalhist­a e da Previdênci­a do governo Temer, além de “aliada” de Kassab.

A estratégia será reforçada nos últimos dias e no debate da TV Globo hoje. “A estratégia (de nacionaliz­ação) deu certo, pois vinculou questões do dia a dia, como jornada de trabalho e Previdênci­a”, disse Paulo Fiorilo, coordenado­r da campanha de Haddad ( mais informaçõe­s nesta página).

Apesar da ofensiva, a campa- nha da senadora peemedebis­ta entende que seria inócuo responder a Haddad na mesma moeda, pois o voto dele é consolidad­o. “Temos uma esperança enorme de estar no segundo turno. Nossos adversário­s são Haddad e Russomanno”, disse José Yunes, da campanha de Marta ( mais informaçõe­s nesta página).

No ataque. Já o eleitor de Doria rejeita fortemente Marta, por isso não adiantaria tentar desconstru­í-lo. No último dia de propaganda na TV, a campanha de Marta usará apenas as inserções na TV e no rádio para fragilizar Russomanno, que chegará ao dia eleição na defensiva. A candidata evitará a nacionaliz­ação até onde for possível, mas se provocada no debate vai se posicionar de maneira contundent­e contra as reformas “que tiram direito do trabalhado­r”.

Consolidad­o na liderança, Doria assistirá de camarote ao duelo pela segunda vaga. Seu último programa na TV vai abusar do jingle, mostrar pesquisas e vender um clima de “otimismo”. Os tucanos não estarão presentes na TV.

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