Míssil russo abateu MH-17, indica relatório
Segundo MP da Holanda, Rússia levou arma à Ucrânia no mesmo dia da queda do voo, em 2014
sado de apoiar os rebeldes contrários ao governo de Kiev.
A queda do Boeing 777 que ia de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia, foi um dos episódios mais graves da guerra pelo controle da região ucraniana de Donbass, que tem maioria étnica russa e fica na fronteira com a Rússia.
A investigação, que se desenrolou por mais de dois anos, foi muito prejudicada em seu início pelo conflito armado, em especial pelo cerco de tropas pró-Rússia à região, que impediam ou controlavam o acesso dos peritos internacionais que apuravam as causas da queda. O incidente deu origem a uma guerra de versões entre o Ocidente, que acusava o regime de Vladimir Putin de ser o responsável pelo disparo, e o Kremlin, que denunciava o Exército da Ucrânia.
O MP da Holanda deu ontem sua palavra final a respeito da tragédia. As conclusões de que o projétil pertencia ao Exército russo são tiradas de fotografias, vídeos, dados de telecomunicações, conversas telefônicas e testemunhos colhidos pelos investigadores com o objetivo de reconstituir a trajetória do comboio militar que teria transportado a bateria antiaérea da Rússia para a Ucrânia.
A Rússia reiterou ter colaborado para a investigação, fornecendo informações que mostrariam que não houve participação russa. Segundo o governo, dados colhidos a partir de radares, fornecidos aos promotores holandeses, não mostram nenhum míssil. Excetuando-se os implicados por sanções econômicas da União Europeia e dos EUA, nenhum responsável foi diretamente punido pela tragédia.