‘Eles pagam direitinho’
Ator de “O Lar das Crianças Peculiares’ fala de profissão, da preocupação com os EUA e de ‘Game of Thrones’
do mundo. O dia de trabalho tem 12, 14 horas, na verdade. Mas dessas, eu trabalho, sei lá, uma hora e meia? Fora isso, prefiro preencher meu tempo lendo um livro, assistindo a um filme ou série, comendo um sanduíche. E eles me pagam direitinho!
Seu resumo de Game of Thrones foi fantástico. Você é fã? Claro! Não parecia que eu sabia do que estava falando? Sou fanático por Game of Thrones e torço por Tyrion e Arya.
Falando agora sobre o Game of Thrones real, acontecendo agora nos Estados Unidos, com as elei- ções presidenciais, está preocupado? Claro! Existe uma possibilidade bem real de que a pessoa errada ganhe. Não acho que vai ser bom ter alguém que nunca foi político, como Donald Trump, que não entende como funciona o mundo politicamente, que é sensível demais e volátil. Vai saber o que ele vai dizer, ofendendo países, nos tornando uma ilha? As pessoas não perceberam que ele não tem ideia do que é ter dificuldades, que está enganando o americano médio, fingindo se importar com eles, quando na verdade não se importa. Entendo por que não confiam na Hillary Clinton, que faz parte da engrenagem há anos. Mas sua grande vantagem é que ela conhece o trabalho.
Está feliz com o governo Obama? Ele fez um trabalho incrível, considerando a obstrução que sofreu. Muita gente teria desistido, mas ele não desistiu.
Houve muita polêmica no Oscar deste ano sobre a falta de negros. O que acha disso? Eu não me preocupo particularmente com isso. Entendo que as pessoas considerem uma injustiça. Pessoalmente, tento julgar os filmes por seus méritos. Não acho que há um sistema de cotas com relação à qualidade dos filmes. Claro que é bom colocar mais não brancos na Academia. Assim, dá para ter uma opinião mais diversa. Mas, no fim, é um concurso de popularidade. Espero que haja mais filmes com não brancos que sejam bons o suficiente para merecer uma indicação.