Maioria dos pedidos para desbloquear contas é rejeitada
Com US$ 600 milhões ainda congelados em contas no país, a Justiça da Suíça tem rejeitado a maior parte dos pedidos para desbloquear valores de investigados e para brecar o compartilhamento de informações com autoridades do Brasil. Um levanta-
Defesa. Por meio de nota, Serra afirmou que as finanças de suas campanhas estavam sob responsabilidade do partido.
“O ministro José Serra não tem conhecimento de nenhuma informação sobre suposto pedido da Procuradoria-Geral da República às autoridades suí- mento dos casos nos diferentes tribunais suíços indicou que os juízes do país europeu têm autorizado a transferência de dados bancários ao Brasil em mais de 90% das queixas, além de manter os ativos bloqueados.
Em cerca de dois anos, o Brasil repatriou US$ 190 milhões que estavam em contas ligadas a alvos da Operação Lava Jato. A repatriação era um dos temas que deveriam ser tratados na reunião, em Berna, entre o procura-
ças. Todas as campanhas de José Serra foram conduzidas nos termos da legislação em vigor com as finanças sob a responsabilidade do partido.”
Questionado, o Ministério Público suíço se recusou a dar informações à reportagem se já abriu inquérito em relação ao dor-geral da República, Rodrigo Janot, e o chefe do Ministério Público suíço, Michael Lauber, cancelada após a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki em 19 de janeiro.
A cooperação entre Brasil e Suíça na Lava Jato começou de forma sigilosa em novembro de 2014. Desde então, a procuradoria suíça abriu mais de 60 processos criminais e congelou mais de mil contas bancárias em 42 instituições financeiras.
ex-deputado Cezar Coelho.
“O escritório do procuradorgeral da Suíça não está em uma posição de revelar qualquer tipo de informação relacionada a pessoas possivelmente ligadas a processos criminais”, respondeu o MP suíço.