Dia Nacional do Fusca reúne 11 mil pessoas no ABC
Encontro levou cerca de 1.700 carros, entre ‘besouros’ e outros Volkswagen, a centro de compras de São Bernardo do Campo
As 11 mil pessoas – entre visitantes e expositores – que passaram pelo São Bernardo Plaza Shopping, no ABC, as três toneladas de alimentos arrecadadas para instituições de caridade e os 1.700 modelos da Volkswagen que lotaram o estacionamento do centro de compras não deixam dúvidas: o besouro está mais vivo do que nunca.
Na manhã de domingo passa- do, uma grande festa celebrou o Dia Nacional do Fusca, modelo fabricado no Brasil em dois períodos – de 1959 a 1986 e de 1993 a 1996, num total de 3,3 milhões de unidades. O encontro, há 28 anos no calendário, foi organizado pelo Fusca Clube do Brasil.
A data de 20 de janeiro foi instituída em 1989 pelo à época Sedan Clube, presidido por Alexander Gromow, com participação da Volkswagen do Brasil. Desde então, a cada ano, o inte- resse pelo evento só aumenta.
A chuva incessante das últimas semanas deu trégua, o que animou ainda mais o encontro. “Foi melhor do que nossas expectativas. Tínhamos receio de que o tempo pudesse atrapalhar, mas o público e a repercussão do encontro foram muito bons”, disse o presidente do Fusca Clube, Ervin Moretti.
A festa em São Bernardo – uma das várias que ocorreram pelo País – era do sedã, mas “pri- mos” com motor VW refrigerado a ar também brilharam. Kombi, Variant, Brasília, TL, Puma, buggies, a primeira geração do Gol e até um raro fora-de-série Emis Art marcaram presença.
Um dos carros mais fotografados foi a Kombi personalizada pela oficina de Bruno Lovezetti Gomes. O raro furgão 1971, comprado em estado deplorável, segundo Gomes, foi reformado e caracterizado como modelo 1961, com lanternas traseiras redondas e vigia reduzido. A pintura azul e branca, que remete a competições europeias, e as raras rodas “Phone Dial” Porsche enlouqueceram os fãs.
Entre os vários Fuscas, o rat look do artesão Joaquim Freire fez a alegria das crianças. Dos equipamentos que adornam o modelo produzido em 1971, a cereja do bolo era a réplica de um crânio humano instalada no lugar do filtro de ar do motor.
Com um dispositivo acoplado ao carburador, a “caveira” mexia a mandíbula e duas luzes verdes se acendiam nos buracos dos olhos a cada acelerada de Freire. “Uni minha paixão pelo Fusca ao artesanato. E vivo disso”, explicou o artesão.