PSDB e DEM apostam em equilíbrio de Fachin
Apesar de terem criticado e pressionado duramente o ministro Edson Fachin durante sua sabatina no Senado, parlamentares de PSDB e DEM apostam que ele não promoverá uma revanche na relatoria da Lava Jato. “Ele é moderado. Não vai ter caça às bruxas”, diz um líder tucano. Na ocasião, Fachin foi indicado por Dilma Rousseff e era considerado petista. Foi submetido à mais longa sabatina de um candidato ao STF e teve 27 votos contrários. Hoje, os governistas reconhecem que Fachin tem perfil equilibrado, parecido com o de Teori Zavascki.
Durante sabatina no Senado, Edson Fachin se definiu como “sobrevivente”. “Vendi laranjas na carroça de meu avô, fui pacoteiro de loja de tecidos, vendedor de passagens em estação rodoviária. Tive muitos desafios”, afirmou.
O Planalto comemorou os 293 votos conseguidos por Rodrigo Maia em primeiro turno. Com mais 15, se aprova uma mudança constitucional.
Michel Temer recebeu o deputado Jovair Arantes, aliado derrotado por Maia. O governo acredita que Jovair não se rebelará.
No acordo feito horas antes da eleição, José Priante abriu mão de disputar a vice-presidência, levando o comando da Comissão de Minas e Energia.
Deputados justificavam a derrota de Lúcio Vieira na disputa pela vice-presidência da Câmara pelos maus-tratos de seu irmão Geddel Vieira Lima aos parlamentares quando era ministro.
E Lúcio se esforçou. Tentou arrancar o voto do corintiano Andrés Sanchez. Ao encontrá-lo, apelou, cantando: ‘Salve o Corinthians...”. Não colou.
A vitória de Mariana Carvalho para a 2ª secretaria da Mesa foi derrota de Aécio Neves, que apoiava Carlos Sampaio.
O apoio do PT a Eunício Oliveira no Senado garantiu a Comissão de Assuntos Sociais, estratégica para debater e detonar programas como o Criança Feliz, da primeiradama Marcela Temer.
No primeiro relatório da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão criado pelo Senado para monitorar contas públicas, o diretor executivo Felipe Salto reconhece avanços, mas mantém os pés no chão. Tanto que o IFI prevê um PIB para 2017 de 0,46%, mais modesto do que o governo, que fala em 1,6%.
Salto é direto no raciocínio: “Estamos hoje num buraco? Sim. Numa recessão profunda? Sim. Mas as perspectivas, quando a gente olha as medidas que estão sendo feitas, são positivas”, diz.
A minirreforma ministerial inchou a máquina em duas pastas. Ao assumir, Temer prometeu reduzir os ministérios.
A ida de Moreira Franco para a Secretaria da Presidência mostra que o Planalto sabe que ele será denunciado em breve.
Petistas lembraram que quando Dilma nomeou Lula pelo mesmo motivo para a Casa Civil foi alvo de ataques e a Justiça barrou a medida.