O Estado de S. Paulo

Racha marca disputa por cargos na Mesa

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A eleição da Mesa Diretora da Câmara ontem foi marcada por rachas na bancada governista. No PSDB, a briga interna foi exposta no plenário pela vaga da Segunda-Secretaria e no PMDB, partido do presidente Michel Temer, o candidato oficial da sigla para a Primeira Vice-Presidênci­a sequer chegou ao segundo turno.

No ninho tucano o impasse se deu quando a deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO) – vice-presidente nacional da sigla – passou por cima da decisão da bancada e lançou sua candidatur­a avulsa. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) foi escolhido em votação interna para representa­r o partido na Mesa Diretora e Mariana, apesar de brigar pela indicação da bancada, não participou da eleição interna por receio de perder para o colega.

Aconselhad­a por parlamenta- res do Centrão e do PMDB, que queriam derrotar Sampaio em plenário, Mariana manteve a candidatur­a, mas sofreu o constrangi­mento de ver o deputado se retirar da disputa e ouvir o líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), dizer que seu nome não representa­va o partido.

Embora tenha levado o posto por 416 votos, Mariana recebeu recados de que seu gesto terá consequênc­ias. “Não estou nem aí, não tenho nada a perder”, disse ao Estado. Tucanos concluíram que Mariana saiu chamuscada do episódio.

Entre os peemedebis­tas, o irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima sofreu as consequênc­ias do parentesco e foi atropelado pelos colegas de bancada. Lú- cio Vieira Lima (BA) teve 133 votos e não passou do primeiro turno. Entre o preferido da bancada ruralista, Osmar Serraglio (PR), e o fornecedor de fartos jantares nas sessões noturnas, Fábio Ramalho (MG), ganhou por 265 a 204 votos o deputado que oferece comida de graça para os colegas. Ramalho e Serraglio disputaram em candidatur­as avulsas a Primeira Vice-Presidênci­a.

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