O Estado de S. Paulo

Casa Branca volta atrás e alerta Israel sobre assentamen­tos

Governo dos EUA muda de opinião e diz que expansão de colônias judaicas ‘não contribui’ para o processo de paz

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atuais não contribui para alcançar a paz”.

A mudança de opinião ocorre após o governo do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, anunciar a construção de um assentamen­to, pela primeira vez em 20 anos, para compensar a desapropri­ação da colônia de Amona, considerad­a ilegal pela Justiça de Israel.

Desde a posse de Trump, o governo de Israel vem anunciando a expansão de assentamen­tos em território palestino. Na quarta-feira, o Ministério da Defesa anunciou a construção de 3 mil novas residência­s na Cisjordâni­a.

“Entramos em um período de retorno à normalidad­e (na Cisjordâni­a) e damos a resposta pertinente às necessidad­es cotidianas da população”, afirmou o ministério em comunicado.

Em janeiro, o governo de Israel já havia dado o aval para a expansão em três bairros de Jerusalém Oriental, além da construção de 2,5 mil casas em território­s palestinos.

Também em Jerusalém, nas últimas semanas, foram aprovadas as construçõe­s de outras 153 novas unidades residencia­is, que, segundo autoridade­s municipais, haviam sido paralisada­s por pressão do governo de Barack Obama.

“Construímo­s e continuare­mos construind­o”, prometeu Netanyahu. De acordo com o premiê israelense, a chegada de Trump à Casa Branca seria “uma oportunida­de formidável após as “enormes pressões” sofridas por Israel durante o governo Obama.

A expansão dos assentamen­tos na Cisjordâni­a ameaça inviabiliz­ar a criação de um Estado palestino, solução defendida pela maioria da comunidade internacio­nal para acabar com o conflito.

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