O Estado de S. Paulo

Com 40 títulos, trio domina o circuito

Federer, Nadal e Djokovic falharam em apenas nove Grand Slams desde 2005; número 1, Murray tenta se unir ao grupo

- Marcius Azevedo

Andy Murray é o atual número 1 do ranking da ATP e, nos últimos anos, sem dúvida, se tornou um intruso no mundo dominado por Novak Djokovic, Rafael Nadal e Roger Federer. Mas o britânico de 29 anos ainda está um passo atrás dos rivais. Com o título do Aberto da Austrália contabiliz­ado por Federer no domingo, os três tenistas alcançaram 40 conquistas nos últimos 49 Grand Slams.

Murray soma três títulos nos principais torneios do circuito profission­al desde 2005, sendo campeão duas vezes em Wim- bledon e uma vez no US Open. O britânico tem o mesmo número de troféus do suíço Stan Wawrinka, atual terceiro do ranking, que faturou pelo menos um Grand Slam nas três últimas temporadas: Aberto da Austrália (2014), Roland Garros (2015) e US Open (2016).

A lista de tenistas que conseguira­m desbancar o trio tem ainda o russo Marat Safin, que ganhou o Aberto da Austrália em 2005, o argentino Juan Martín Del Potro e o croata Marin Cilic, campeões no US Open em 2009 e 2014, respectiva­mente.

Com o título em Melbourne, onde bateu Nadal na final, Fede- rer, que subiu de 17.º para 10.º na ATP, alcançou 14 títulos de Grand Slam nas últimas 13 temporadas, igualando o número de conquistas do espanhol, atualmente o sexto do ranking, no mesmo período. O suíço é o recordista de todos os tempos neste quesito, com 18 taças.

Após abrir mão da temporada de 2016 em julho para se recuperar totalmente de cirurgia no joelho esquerdo, o troféu no primeiro Grand Slam do ano animou o tenista de 35 anos. “Ainda tenho muito tênis em mim”, avisou Federer, que não levantava uma taça de Grand Slam desde 2012, quando conquistou Wimbledon. Aliás, o suíço, que definiu o título no Aberto da Austrália como surpreende­nte, projeta estar no auge para ser campeão pela oitava vez na grama do All England Club. “Sei que em Wimbledon eu tenho uma chance maior.”

Número 2 da ATP, Novak Djokovic aproveitou o período de irregulari­dade de Nadal e Federer nos últimos anos – o espanhol, assim como o suíço, sofreu com problemas de lesão e questões físicas –, para dominar o circuito profission­al e ampliar para 12 os seus títulos em Grand Slams.

Para o sérvio, o jogo entre Federer e Nadal na final do Aberto da Austrália “foi ótimo para o tênis sob qualquer ponto de vista.” Djokovic ainda acrescento­u: “Foi um melhores momentos do ano esportivo e foi além do tênis, uma vez que está é uma das maiores rivalidade­s de todos os tempos.”

O título de Federer não surpreende­u Djokovic. “Você sempre pode esperar que ele jogue em altíssimo nível se estiver em forma”, comentou o sérvio, que elogiou também o desempenho de Nadal. “Ele jogou muito bem e ambos mostraram por que são grandes campeões.”

A possibilid­ade de disputar uma final também convenceu Nadal de que pode continuar se exigindo em alto nível por algum tempo. O espanhol não chegava em uma final de Grand Slam desde 2014 e agora já almeja conquistar o décimo título em Roland Garros. 40 títulos ABERTO DA AUSTRÁLIA ROLAND GARROS WIMBLEDON US OPEN

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