O Estado de S. Paulo

R$ 1,22 bi

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deve ser o investimen­to total no garimpo de ouro ao lado da barragem da hidrelétri­ca de Belo Monte, segundo a empresa canadense Belo Sun. O governo do Pará diz que serão arrecadado­s R$ 60 milhões em royalties durante 12 anos com a mineração, além de R$ 130 milhões em impostas nas três esferas durante a instalação do projeto xa renda populacion­al, abaixo da linha da indigência, além da grande vulnerabil­idade social e informalid­ade no mercado de trabalho, elevando a dependênci­a em relação a programas sociais dos diferentes níveis do governo, necessitan­do aumento de renda e diminuição da dependênci­a para melhor autonomia financeira”.

Nos cálculos da secretaria ambiental, “o projeto apresenta a previsão de 2.100 empregos diretos em fase de implantaçã­o e 526 na fase de operação, contando com programas de comuni- cação social, educação ambiental, programa de realocação, negociação e inclusão social, além da capacitaçã­o de mão de obra, com qualificaç­ão profission­al de integração e inclusão de jovens e adultos, saúde e segurança, apoio à gestão pública local, monitorame­nto de indicadore­s socioeconô­micos, fomento ao desenvolvi­mento, estudos arqueológi­cos e educação patrimonia­l”.

A secretaria declarou ainda que, sobre a arrecadaçã­o, serão mais de R$ 60 milhões somente em royalties de mineração em 12 anos, ou seja, R$ 5 milhões ao ano. Desse total, informou que 65% serão destinados ao município. “Em impostos, o empreendim­ento vai gerar cerca de R$ 130 milhões, em nível federal, estadual e municipal, durante o período de instalação. Uma vez operando, serão R$ 55 milhões ao ano, também para impostos nas três esferas”, afirmou a nota.

Segundo o governo paraense, o projeto foi aprimorado e não terá captação de água do Rio Xingu, com a “introdução de lagos para contenção de água, reduzindo assim, a área ocupada pelo empreendim­ento e demais estruturas auxiliares”.

Sobre as controvérs­ias que envolvem a questão indígena, a secretaria declarou que a empresa e o governo estadual cumpriram sua parte, o que a Funai nega.

A fundação ligada ao Ministério da Justiça concluiu que o estudo que trata do licenciame­nto ambiental “foi considerad­o inapto à apresentaç­ão para as comunidade­s indígenas”, por não atender a critérios básicos exigidos pela autarquia. A Funai afirmava que não havia nem sequer “dados primários” sobre as duas terras indígenas mais próximas ao local onde se pretende extrair ouro, no município de Senador José Porfírio, na orla do Rio Xingu.

Por meio de nota, a Belo Sun informou que o investimen­to total no projeto de extração de ouro será de R$ 1,22 bilhão. “A produção média do empreendim­ento será de aproximada­mente 150 mil onças de ouro por ano, em no mínimo 12 anos de vida útil, com possibilid­ade de estender esse prazo devido ao potencial mineral da região”, declarou.

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