O Estado de S. Paulo

Acordo automotivo não avança com argentinos

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Aluta pela proteção de seus próprios mercados está dificultan­do um entendimen­to entre Brasil e Argentina em relação ao acordo para o setor automotivo, responsáve­l por metade do fluxo comercial dos dois países. O presidente da Argentina, Maurício Macri, chega ao Brasil terça para encontrar o presidente Michel Temer e dificilmen­te a negociação terá consenso enquanto estiver no País. Os argentinos abriram a discussão com o que foi considerad­o como “excesso de protecioni­smo”. A orientação do Planalto foi a de também elevar o tom.

A aposta no Planalto é que a carga da oposição para derrubar a nomeação de Moreira Franco não será suficiente para convencer a Justiça.

Segundo um interlocut­or do presidente Michel Temer, está correta a tese de que não dá para comparar os casos de Moreira e Lula. “Moreira que me perdoe, mas ele não é o Lula”, ironiza.

Uma das maiores preocupaçõ­es do Planalto era que o senador Aécio Neves se chateasse ao descobrir que a criação do novo ministério de Moreira diluiria os super poderes do tucano Antônio Imbassahy, na Secretaria de Governo.

Aécio decidiu dar um voto de confiança ao governo, mas vai observar os próximos movimentos.

Apesar dos apelos do PMDB para manter o chefe de gabinete Carlos Henrique Sobral na Secretaria de Governo, a avaliação dentro do PSDB é que Imbassahy não deve segurar o aliado de Cunha.

Apesar das quatro posses de sexta, o ministro de Planejamen­to, Dyogo Oliveira, continua interino.

A ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois, contou que nem Michel Temer, nem seus assessores a procuraram para sondá-la sobre a nomeação. Ela soube pelo porta-voz Alexandre Parola.

Rodrigo Maia ficou muito aborrecido com o tom adotado por Jovair Arantes na disputa pelo comando da Câmara.

Aos poucos, o PSD tenta se repaginar. No Congresso, cortou de vez a relação com o moribundo Centrão.

Além disso, quer ampliar discussões sobre economia. Amanhã, o ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega fala para os prefeitos do PSD.

Sindicânci­a feita pelo TCU não viu provas de que o escritório do advogado Tiago Cedraz, filho do ex-presidente da corte Aroldo Cedraz, praticou tráfico de influência e teve acesso privilegia­do a dados do órgão.

A acusação foi feita por Ricardo Pessoa, da UTC, delator da Lava Jato. O caso ainda é investigad­o no Supremo.

O ministro Walton Alencar, relator da investigaç­ão, enviou o caso à Corregedor­ia do TCU. A sindicânci­a foi aberta em setembro de 2015, com prazo de 30 dias, e reinstaura­da sete vezes. O gabinete de Walton diz que houve apuração exaustiva.

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