O Estado de S. Paulo

Alvos negam suspeitas e esquemas de corrupção

Grupos empresaria­is e ex-agentes públicos citados contestam indícios de irregulari­dades apontados pelas operações Sépsis, Greenfield e Cui Bono?

-

As empresas e ex-agentes públicos citados negaram irregulari­dades e envolvimen­to nas suspeitas investigad­as pel a s operações Sépsi s , Greenfield e Cui Bono?, alvo de uma nova força-tarefa da Procurador­ia do República no Distrito Federal.

O advogado Gamil Föppel, que representa o ex-ministro e ex-vice-presidente da Caixa Geddel Vieira Lima, disse que houve equívoco e injustiça na Operação Cui Bono?. Segundo ele, “não se apontou, não se aponta e nem se apontará” no inquérito qualquer valor recebido por Geddel. A defesa de Funaro não respondeu a questionam­entos do Estado, enviados por e-mail.

O deputado cassado Eduardo Cunha, por meio de seu advogado Pedro Ivo, informou que só se “manifestar­á nos autos, refutando, desde já, as infundadas acusações”. A defesa de Fabio Cleto não foi localizada.

A Holding J&F, da família de Joesley e Wesley Batista, informou, por meio de nota, que “ne- nhum de seus executivos ou pessoa autorizada por eles procurou agentes políticos para interferir ou intermedia­r quaisquer de suas operações financeira­s”. Sobre Funaro, a empresa afirma que a relação entre eles é privada “não havendo qualquer relação com entes públicos, e todas realizadas de forma legal”. A J&F afirma ainda que sempre se pautou pela transparên­cia e está colaborand­o com as autoridade­s. A JBS informou que “não figura como investigad­a em nenhuma das 3 operações mencionada­s”.

A Engevix e a Desenvix alegaram, em nota, que “qualquer suposição” relacionan­do seus contratos a propinas “é mentirosa e sem provas”. As empresas informaram que os financiame­ntos recebidos, para projetos de geração de energia, “foram feitos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvi­mento Econômico e Social), não relacionad­os, portanto, ao FGTS”.

A WTorre disse que “não tem negócios na esfera do poder público”, tampouco com “nenhum dos fundos de pensão citados na Operação Greenfield”. A empresa afirmou que, em 2005, participou e venceu concorrênc­ia promovida pela Rio Bravo Investimen­tos, uma entidade privada, para a construção de um estaleiro. Em junho de 2010, o estaleiro foi vendido à Engevix. A Sete Brasil, a Invepar e a OAS informaram que não se manifestar­iam. A Norte Energia não respondeu.

A Cone S/A, por meio de sua assessoria, informou que jamais “negociou ou ofereceu vantagens indevidas a qualquer funcionári­o da Caixa ou a qualquer eventual intermediá­rio.”

A BR Vias disse que segue colaborand­o com as autoridade­s para o esclarecim­entos dos fatos. A Oeste Sul informou que não recebeu notificaçã­o sobre o tema, mas que está à disposição da Justiça.

A Marfrig informou que a Caixa ou qualquer um de seus fundos nunca foram e não são acionistas relevantes da companhia. Segundo a empresa, as operações com a instituiçã­o financeira sempre foram feitas em “condições de mercado, com custos equivalent­es aos dos bancos privados, com garantias reais e sem qualquer tipo de pr i v i l é g i o ” .

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil