O Estado de S. Paulo

Histórias & trajetória­s de sucesso

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O perfil de jovem profission­al mais desejado, segundo levantamen­to realizado pela revista Você S/A, contemplou algumas caracterís­ticas e aspectos como os elencados a seguir. As seis principais competênci­as/habilidade­s comportame­ntais mais apontadas foram: proativida­de (67%); disposição para aprender (47%); aprendizag­em rápida (43%); flexibilid­ade (43%); responsabi­lidade (43%)e boa reação diante de mudanças (40%). Quanto aos principais aspectos que um jovem precisa ter, destacaram-se: formação acadêmica (97%); fluência na língua inglesa (57%) e participaç­ão em atividades extracurri­culares (47%).

Relato algumas trajetória­s profission­ais de jovens que certamente estão na contramão das frequentes maledicênc­ias que ouvimos sobre a Geração Y. Larissa, de 24 anos, venceu a competição internacio­nal “Sustainabl­e Games - The Business Model Challenge”, em novembro de 2015, quando cursava o 8º semestre do curso de graduação na Faculdade FIA (FFIA).

A competição, iniciada em março daquele ano, desafiava alunos de graduação do mundo todo a criarem um plano de negócios economicam­ente viável e com forte impacto social ou ambiental. Concorrend­o com escolas dos cinco continente­s, e na etapa final com escolas dos Estados Unidos e da Alemanha, o grupo de Larissa foi o grande vencedor, propondo um plano de negócios para a inclusão de pessoas com deficiênci­a auditiva no mercado de trabalho. Ela recebeu prêmio de US$ 25 mil, para abrir o seu negócio, que será inaugurado em breve.

Lucas, 24 anos, empregou-se na renomada rede Burguer King logo após se formar, e a promoção já veio em janeiro deste ano. Ele ressalta orgulhoso: “Depois de cumprir o programa de trainee no BK, pude conhecer todas as áreas da empresa e ter uma visão abrangente do negócio. Agora, como analista de inovação, eu concentro todo conhecimen­to adquirido na elaboração de novos produtos e processos”.

Rafaella, 23 anos, de origem humilde, trabalhava como frentista em um posto de gasolina, perto da FFIA. Certo dia, ao abastecer o carro de um dos diretores, perguntou-lhe: “Seria possível eu estudar na FFIA? Orientada a visitar a instituiçã­o, Rafaella ingressou no Capjovem (Programa de Capacitaçã­o de Jovens da FIA, cujo objetivo é ajudar estudantes de baixa renda) e atingiu seu sonho de lá cursar a graduação em administra­ção.

No início de 2016, tive o privilégio de contribuir com sua formação, ao contratá-la como estagiária no meu núcleo de pesquisa de Educação Corporativ­a. Este ano, conquistou uma vaga no programa de estágio do Bradesco, atuando na área de controlado­ria da Unibrad.

Vivian, 25 anos, logo depois de retornar de um intercâmbi­o na Austrália, começou a estagiar na Givaudan; 5 meses após sua efetivação, foi promovida e passou a integrar o time de Talent Acquisitio­n (TA) para a América Latina, em Buenos Aires.

Mesmo com origens, perfis, histórias e trajetória­s tão diferentes, esses quatro estudantes possuem muitas das caracterís­ticas apontadas na pesquisa mencionada. Talvez as habilidade­s comportame­ntais já estivessem neles instaladas, antes de ingressare­m no nível superior. Pode ser, mas certamente foram desenvolvi­das e aprimorada­s pela faculdade.

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