Brasília monta esquema especial de segurança
O governo do Distrito Federal montou um esquema especial de segurança para acompanhar a greve geral prevista para hoje. São esperadas 10 mil pessoas nas manifestações que devem ocorrer na Esplanada dos Ministérios, segundo a Secretaria de Segurança Pública.
A partir da meia-noite de ontem, os dois sentidos da Esplanada dos Ministérios seriam interditados para veículos, entre a rodoviária do Plano Piloto até a altura da Praça dos Três Poderes. Também haverá reforço nas ações de policiamento na área central. “A ação tem o objetivo de atuar preventivamente para evitar o uso de material contundente contra manifestantes ou profissionais que estiverem envolvidos nos protestos”, informou a secretaria.
A instrução do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Distrito Federal (Sindsep-DF) é para que os funcionários públicos permaneçam em casa. “Quanto menos gente na Esplanada, melhor. A ideia é que as pessoas fiquem em casa, até mesmo porque não vai haver transporte público coletivo. Queremos a Esplanada e a cidade vazia, pois é uma greve de produção e circulação”, afirmou ontem o secretário-geral do Sindsep, Oton Pereira Neves, ao Broadcast, sistema de notícia em tempo real do Grupo Estado.
A maioria dos serviços públicos de Brasília deve parar hoje, apesar de o governo ter informado que cortará o ponto de quem não for trabalhar. O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do DF (SindMetrô/DF) informou que vai aderir ao movimento nacional, com suspensão dos serviços por 24 horas, a partir da meia-noite de hoje.
A Procuradoria Geral do Distrito Federal entrou, na tarde de ontem, no Tribunal Regional do Trabalho da 10.ª Região com pedido de manutenção da totalidade do sistema de transporte público coletivo do Distrito Federal. A Procuradoria afirma que a paralisação causará um “verdadeiro caos na mobilidade urbana” de Brasília.
Professores, segundo o Sindicato dos Professores da Rede Pública do DF (Sinpro-DF) e do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinproep-DF), também aderiram às paralisações, assim como o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Brasília (SEEBBDF), o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde-DF) e o Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do MPU no DF.
Adesão “Quanto menos gente na Esplanada, melhor. A ideia é que as pessoas fiquem em casa, até mesmo porque não vai haver transporte público. Queremos a cidade vazia, pois é uma greve de produção e circulação.” Oton Pereira Neves SECRETÁRIO-GERAL DO SINDSEP-DF