Argo com motor 1.0 de três cilindros não desaponta na cidade
Novo hatch da Fiat com mecânica de Uno e Mobi mostra desempenho razoável, mas requer paciência em retomadas
O que esperar quando um carro maior, como o novo Fiat Argo (e seus 4 metros), recebe motor 1.0 de três cilindros, que até agora só havia sido utilizado em modelos menores, caso do Uno e Mobi? Essa era a dúvida antes de dirigir a versão básica do Argo, a Drive, que tem preço inicial de R$ 46.800. Pois com até 77 cv (com etanol) o modelo mostrou boa desenvoltura no trânsito urbano, graças ao torque de 10,4 mkgf, dos quais 80% disponíveis a 2.500 rpm.
O câmbio, bem escalonado, ajuda bastante, ainda que os engates pudessem ser mais precisos, e a alavanca, menos “boba”. Não espere, no entanto, acelerações fortes. O desempenho não desaponta em saídas de sinal, mas retomadas de velocidade pedem paciência.
Vibrações e ruídos são pouco perceptíveis na cabine, mesmo com o 1.0 girando acima das 4.000 rpm. O interior, aliás, é igual ao das versões mais equipadas, salvo pela ausência de itens como ar-condicionado automático e bancos de couro. O painel é elegante e bem montado, mesmo com uso predominante de plásticos rígidos.
A central multimídia, opcional de R$ 1.990, é simples de usar e a tela de sete polegadas responde bem ao toque, além de dar um visual mais moderno ao painel. O Argo 1.0 também pode receber câmera na traseira e retrovisores elétricos por R$ 1.200. Essa versão deverá responder por 35% das vendas da linha, segundo dados da Fiat.