O Estado de S. Paulo

‘O partido não podia ficar morrendo’

- Tasso Jereissati, MARCELO DE MORAES /

Qual a sua avaliação sobre o impacto provocado pelo programa? O programa não disse nada que o País todo não esteja sabendo e vendo todos os dias. O sistema está podre e falido. O que estamos fazendo é propor uma solução para o sistema. Engraçado é que estou vendo pouca gente discutindo sobre isso (...) Aí, aparecem uns que se sentem ofendidos. Não era a intenção. Quem devia se sentir ofendido é o sistema.

Tucanos mais governista­s, incluindo os ministros, criticaram bastante o programa…

Acho que o grupo governista que criticou o programa também não o entendeu. Porque não há ataques a eles ou ao presidente Michel Temer. Aliás, não cita o nome Temer nenhuma vez. O que cita é que Temer está tendo dificuldad­es para governar como todos os presidente­s tiveram.

FHC viu o programa antes? Fernando Henrique viu o programa antes, sim.

Existe um movimento defendendo que o senhor se afaste da direção do PSDB…

É natural que alguns defendam que me afaste do comando do partido. Mas eu acho que o partido não podia ficar como estava, morrendo. Agora tem uma polêmica, correntes diferentes assumindo posições diferentes. E sei que sou interino.

Vai haver pressão para o sr. sair da presidênci­a?

Não precisa me pressionar nada para deixar o cargo. É só o Aécio dizer que quer reassumir que pronto! O cargo é dele. Eu entendo, não fico com raiva, não fico nem chateado. Não tem problema nenhum. O Aécio não é o meu problema. Meu problema é o partido.

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