O Estado de S. Paulo

Recuperaçã­o mais forte não é disseminad­a

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A recuperaçã­o mais forte do que a média nas atividades industriai­s que utilizam mais tecnologia na cadeia de fabricação de seus produtos pode não ser totalmente disseminad­a. O presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, considera a recuperaçã­o ainda apenas pontual.

“Alguns poucos segmentos estão mostrando resultado positivo, mesmo na indústria de eletrônico­s, porque dependemos muito da confiança do consumidor. A taxa de desemprego alta resulta em menor consumo, menor demanda por produtos, menor produção”, disse Périco, que atua na Zona Franca de Manaus, polo de fabricação de eletroelet­rônicos.

Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, embora a busca por componente­s eletrônico­s e equipament­os para automação industrial esteja aquecida, as indústrias representa­das pela associação estão operando com uso de 72% de sua capacidade de produção. Em 2014, o setor chegou a usar 82% da capacidade.

Para o diretor-presidente da Sociedade Brasileira Pró-inovação Tecnológic­a (Protec), Roberto Nicolsky, o desempenho melhor do que a média na produção industrial das atividades de maior intensidad­e tecnológic­a é explicado por casos isolados de poucas empresas. A Weg, assim como Romi e Embraer, tem histórico de investimen­tos em pesquisa e inovação: “Justamente porque têm mercado cativo no exterior, com grau de diferencia­ção em seus produtos, sentem menos os efeitos da crise, mesmo com o mercado interno caindo”.

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