Travis Kalanick diz que acusações de fundo são ‘ataque pessoal’
Benchmark Capital acusa ex-presidente do Uber de fraude para manter o poder dentro da empresa de transporte
O ex-presidente executivo do Uber, Travis Kalanick, se pronunciou pela primeira vez sobre o processo judicial movido pelo fundo de capital de risco Benchmark, que foi um dos primeiros investidores da empresa que opera o aplicativo de caronas pagas. Para Kalanick, “as acusações da Benchmark são um ataque público e pessoal sem mérito”, segundo documentos entregues à Justiça e revelados ontem.
A Benchmark, que tem 13% de participação no Uber e controla 20% do poder de voto, entrou com um processo na semana passada contra o ex-presidente executivo da empresa Travis Kalanick para forçá-lo a deixar o conselho de administração, onde ele ainda tem um assento, e revogar o poder que ele ainda detém na empresa.
Kalanick afirma no processo que a ação legal da Benchmark faz parte de um esquema maior para expulsá-lo da empresa que ele ajudou a fundar e tira o poder que é legitimamente seu. Ele também argumentou que a disputa legal deveria ser conduzida em um processo de arbitragem e que a Corte de Chancelaria de Delaware, onde o processo foi apresentado, não tem jurisdição.
O processo coloca em jogo uma mudança na estrutura do conselho do Uber, realizada em 2016, que ampliou em três o número de diretores com direito a voto e garantiu a Kalanick o direito exclusivo de preencher esses assentos.
História. No processo, a Benchmark disse que Kalanick escondeu do conselho uma série de problemas que envolveram a empresa de caronas. A crise na empresa começou em fevereiro, quando foi iniciada uma investigação interna obre a cultura organizacional, após denúncias de assédio sexual e moral dentro da companhia. A partir desta iniciativa, funcionários do alto escalão foram demitidos ou afastados e o próprio Kalanick renunciou ao cargo.
Ofensa
“As acusações da Benchmark são um ataque público e pessoal sem mérito” Travis Kalanick
COFUNDADOR DO UBER