Crise faz instituição perder público e animais
Eram 3.197 exemplares em 2012; ao fim do ano passado, esse número havia caído 7,7%, para 2.950
Por dia, em média, o zoo recebeu, em 2016, 3.722 visitantes – foram 1.358.498 no ano, uma queda de 15% em relação a 2015, pois a crise econômica também afetou o movimento do parque, conforme admitiu Paulo Magalhães Bressan, presidente da fundação. O número de animais no zoo também caiu. Dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) mostram que eram 3.197 em 2012. Em 31 de dezembro de 2016, esse número havia caído 7,7%, para 2.950.
Entre uma parcela pequena dos visitantes há sempre aqueles que se encantam com os bichos e tentam se aproximar demais, ultrapassando as barreiras de segurança, arriscandose ou expondo crianças ao perigo. Há ainda quem se transforme em um perigo para os bichos, ao resolver dar chocolates ou jogar pedras nos animais para vê-los se mexer.
“Uma mãe jogou uma vez uma chupeta para o jacaré-depapo-amarelo (Caiman latirostris)”, contou a bióloga Mara Cristina Marques.
Animais trazidos. Outras pessoas também abandonam animais no zoo. São papagaios, jabutis, saguis, tucanos, corujas, tatus e até uma preguiça – que estava com as garras cortadas –, que acabam encontrados pelos funcionários da fundação. “As pessoas trazem os bichos escondidos em mochilas”, afirmou Mara Cristina.
Mas nem todos ficam no zoo. Não é qualquer bicho que pode morar nos 824,5 mil metros quadrados do parque paulistano. Além de alimentar e cuidar de seus bichos, os 340 funcionários também participam de outra função: eles decidem quem nasce e quem vive no zoológico.