O Estado de S. Paulo

Palmeiras vê apoio da torcida diminuir, mas quer casa cheia

Perto de ter o pior público no ano, atletas e Cuca pedem para o torcedor ir ao Allianz hoje contra a Chapecoens­e

- Ciro Campos

O retorno do Palmeiras ao Allianz Parque depois da eliminação na Copa Libertador­es será hoje em um teste de popularida­de para tentar reconquist­ar parte da torcida. Contra a Chapecoens­e, às 19h, pelo Campeonato Brasileiro, o time retorna à arena possivelme­nte para jogar diante do pior público em casa pela competição.

O efeito da decepção pela queda precoce nas oitavas de final da competição sul-americana mexeu com a procura por ingressos. O time com a segunda maior média de público do futebol brasileiro no ano, cerca de 32 mil, vendeu 17 mil entradas até a divulgação da última parcial, na noite de sexta-feira.

O número está bem abaixo do pior público no time neste Brasileiro, com 29 mil presentes na vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-GO. “Vai ser o primeiro jogo em casa depois da eliminação. Entendemos o torcedor. Não conseguimo­s o objetivo na Libertador­es, mas pedimos para apoiarem”, disse o volante Thiago Santos.

Neste ano, em todas as partidas oficiais o Palmeiras levou mais de 20 mil pessoas ao estádio. O pior público da temporada foi de 21 mil presentes para ver o time misto derrotar o Mirassol, pelo Campeonato Paulista, por 2 a 0.

Cuca afirmou que compreende a frustração, mas entende que o Palmeiras se tornou vítima das grandes expectativ­as que criou. “Não vejo que as coisas estejam horríveis e horrorosas, estamos em quarto lugar no Brasileiro. Se acabássemo­s em quarto no ano passado, ninguém reclamaria. Mas, pelo que foi planejado, estão todos chateados”, comentou.

Para coincidir com a tristeza ainda viva dez dias depois da eliminação, o Palmeiras deve ter em campo contra a Chapecoens­e a dupla de meias que gostaria de ter tido à disposição no jogo decisivo da Libertador­es. Moisés e Guerra treinaram juntos durante a semana e possivelme­nte serão titulares. Os dois só iniciaram um jogo juntos no ano, ainda pelo Estadual.

Se o ambiente no estádio deve estar modificado em comparação ao habitual, a preparação já foi bem diferente. Pela primeira vez em três meses o Palmeiras não teve compromiss­os no meio de semana e, de certa forma, considerou positivo ter conseguido um descanso após a maratona de jogos.

A equipe entrou em campo 50 vezes em 2017 e terá um adversário com ainda mais partidas. A Chapecoens­e acumula 57 compromiss­os neste ano e vem de viagem longa. O time catarinens­e voltou do Japão na quinta-feira. “A gente sente um pouco ainda o fuso horário. Mas é mais fácil se readaptar ao fuso horário do Brasil”, disse o zagueiro Fabrício Bruno.

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