Vaccarezza é solto e terá de pagar fiança de R$ 1,5 mi
O juiz Sérgio Moro impôs fiança de R$ 1.522.700 e medidas cautelares para libertar o ex-deputado Cândido Vaccarezza. O ex-parlamentar foi solto na noite de ontem da carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Moro ordenou que o depósito da fiança seja feito em dez dias.
Vaccarezza, ex-líder do PT na Câmara, foi preso em São Paulo na Operação Abate, 44.ª fase da Lava Jato, na sexta-feira passada. Com ele foram apreendidos ao menos R$ 122 mil.
Também ontem a Polícia Federal e o Ministério Público Federal pediram ao juiz a conversão da prisão temporária do exdeputado em custódia preventiva. No entanto, Moro decidiu pela soltura de Vaccarezza mediante fiança.
Segundo as investigações da Abate, Vaccarezza, atualmente filiado ao PT do B e líder do PT nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, usou “a influência decorrente do cargo em favor da contratação da Sargeant Marine pela Petrobrás, o que culminou na celebração de 12 contratos, entre 2010 e 2013, no valor de US$ 180 milhões”. Segundo as investigações, o ex-deputado teria recebido propina de US$ 500 mil.
No relatório que pede a conversão da prisão, o delegado Filipe Hille Pace afirmou que a atuação do ex-parlamentar não se resumiu a este contrato.
Defesas. A defesa de Vaccarezza, em nota, afirmou que o exdeputado “nunca intermediou qualquer tipo de negociação entre empresas privadas e a Petrobrás”. O PT afirmou que o ex-deputado “saiu do partido por divergências políticas” e “não tem informações sobre esse processo”.