O Estado de S. Paulo

Vaccarezza é solto e terá de pagar fiança de R$ 1,5 mi

- / JULIA AFFONSO, RICARDO BRANDT, LUIZ VASSALLO e FAUSTO MACEDO

O juiz Sérgio Moro impôs fiança de R$ 1.522.700 e medidas cautelares para libertar o ex-deputado Cândido Vaccarezza. O ex-parlamenta­r foi solto na noite de ontem da carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Moro ordenou que o depósito da fiança seja feito em dez dias.

Vaccarezza, ex-líder do PT na Câmara, foi preso em São Paulo na Operação Abate, 44.ª fase da Lava Jato, na sexta-feira passada. Com ele foram apreendido­s ao menos R$ 122 mil.

Também ontem a Polícia Federal e o Ministério Público Federal pediram ao juiz a conversão da prisão temporária do exdeputado em custódia preventiva. No entanto, Moro decidiu pela soltura de Vaccarezza mediante fiança.

Segundo as investigaç­ões da Abate, Vaccarezza, atualmente filiado ao PT do B e líder do PT nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, usou “a influência decorrente do cargo em favor da contrataçã­o da Sargeant Marine pela Petrobrás, o que culminou na celebração de 12 contratos, entre 2010 e 2013, no valor de US$ 180 milhões”. Segundo as investigaç­ões, o ex-deputado teria recebido propina de US$ 500 mil.

No relatório que pede a conversão da prisão, o delegado Filipe Hille Pace afirmou que a atuação do ex-parlamenta­r não se resumiu a este contrato.

Defesas. A defesa de Vaccarezza, em nota, afirmou que o exdeputado “nunca intermedio­u qualquer tipo de negociação entre empresas privadas e a Petrobrás”. O PT afirmou que o ex-deputado “saiu do partido por divergênci­as políticas” e “não tem informaçõe­s sobre esse processo”.

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GERALDO BUBNIAK Ex-deputado. Vaccarezza deixa a PF em Curitiba

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