Cuca responde à pressão da torcida e reitera que não sai
Pouco depois de a maior organizada do Palmeiras pedir sua saída, técnico ‘fala grosso’ e diz que ‘não vai se entregar’
O técnico Cuca alterou a rotina do Palmeiras ontem e pediu para dar entrevista coletiva. O motivo da decisão do técnico foi um manifesto da principal torcida organizada do clube, a Mancha Alviverde, que pediu a saída dele. Em mais de 40 minutos de fala, o treinador reiterou que não sai do comando do time e defendeu da pressão o presidente do Alviverde, Mauricio Galiotte, e o diretor de futebol, Alexandre Mattos.
“Em um momento desse, é ruim deixar um jogador vir aqui hoje para responder certas perguntas que ele nem vai ter o que falar”, disse Cuca. “Tenho certeza de que vamos reverter juntos. Já fiz mais de mil jogos como treinador, passei por turbulências muito piores e não me entrego”, completou.
Cuca vive pressionado desde as eliminações nas últimas semanas na Copa do Brasil e na Copa Libertadores. Os resultados ruins, junto com tropeços no Campeonato Brasileiro, deixam o clube com poucas chances de título na temporada. A oportunidade está restrita ao Brasileiro, competição que o Corinthians lidera com folga.
O treinador afirmou que apoia o trabalho de Galiotte e Mattos e considera injustas as críticas aos dois. “A gente ouve ao longo destes dias todos de quem é culpa. Do presidente que ficou 15 dias fora com a seleção brasileira? Não é. Se ele saiu é porque confia no diretor de futebol e no treinador que tem. Ele aqui não ia mudar nada, não é ele quem dá o treino”, disse Cuca em referência à licença tirada por Galiotte.
O técnico também ironizou sua mudança de status no clube. De campeão brasileiro, tornou-se alvo de ataques. “Seria fácil ir para casa cuidar da minha netinha, minhas filhas. Se as coisas não estão dando certo, se a fase não é boa, a fase acontece para treinador. Antes eu era tido como segundo melhor treinador do País, hoje talvez seja o segundo pior”, afirmou.