Trailblazer e SW4 fazem duelo de titãs
Em desafio de utilitários-esportivos parrudos com motores a diesel e tração 4x4, modelo da Chevrolet desafia o Toyota líder de vendas
Em confronto de utilitários-esportivos a diesel e com tração 4x4, modelo da Chevrolet, que ficou mais silencioso na linha 2018, enfrenta oponente da Toyota
No ranking de vendas, o Chevrolet Trailblazer não é páreo para o Toyota Hilux SW4. No acumulado do ano, até julho, o utilitário-esportivo derivado da picape Hilux vendeu quatro vezes mais do que o modelo baseado na S10 (7.332, contra 1.812 unidades). Mas a história muda quando eles não estão em turma. No mano a mano, como neste comparativo, confrontamos as versões topo de linha, equipadas com motor a diesel.
E aqui o Trailblazer LTZ 2.8 vira o jogo. Começando pelo preço, o Chevrolet abre grande vantagem: custa R$ 205.990, ante os R$ 249.940 do SW4 2.8 SRX. A diferença, de R$ 43.950, é suficiente para comprar um Fiat Uno 1.0, por exemplo.
Trailblazer e SW4 são robustos modelos 4x4, grandes por fora e espaçosos por dentro. O modelo da Chevrolet tem 4,89 metros de comprimento, 10 cm a mais que o Toyota. Isso resulta em salões internos. Ambos têm sete lugares, mas o Chevrolet é o que acomoda melhor os ocupantes da segunda fila, com mais espaço para pernas. Já a terceira fila é indicada apenas para crianças nos dois modelos.
Em termos de equipamentos, o Trailblazer amplia a vantagem, por trazer de série indicador de pressão de pneus, sensores de chuva e de obstáculos na dianteira e alertas de colisão frontal, de ponto cego e de saída involuntária de faixa. Além disso, a central multimídia tem tela maior que a do Toyota (oito contra sete polegadas) e é mais intuitiva, além de vir com sistema de auxílio remoto OnStar.
Por sua vez, o SW4 contra-ataca com botão de partida e chave presencial, tampa traseira com acionamento elétrico, reprodutor de DVD, TV e sete air bags, ante os seis do Trailblazer.
Ao volante, a maior novidade do carro da Chevrolet é um mecanismo no conversor de torque que atenua as vibrações geradas pelo motor a diesel. Em relação ao Trailblazer 2017, o modelo 2018 está um pouco mais suave e silencioso. Na comparação com o SW4, no entanto, não há muita diferença, porque a cabine do modelo da Toyota também é bem isolada de vibrações e barulho.
No quesito desempenho, o Trailblazer mais uma vez pula na frente. Embora os dois motores sejam equivalentes em tamanho, o da Chevrolet rende 200 cv, contra os 177 cv entregues pelo propulsor do oponente.
Essa vantagem ajuda a explicar o desempenho superior do Trailblazer. Já em termos de economia de combustível, de acordo com dados do Inmetro o Sw4 é um pouco mais econômico na cidade (9 km/l, ante 8,4 km/l). Na estrada, há empate de 10,5 km/l.
Os dois têm transmissão automática de seis marchas com trocas rápidas e suaves, mas apenas o SW4 oferece possibilidade de mudanças no volante. Falando nisso, no Trailblazer a direção é elétrica, mais precisa que a hidráulica do rival.
O acabamento é bom nos dois, mas no Chevrolet ele é ainda melhor, com painel revestido de couro, além de estilo mais moderno. O SW4 tem visual interno mais conservador.
Externamente, no entanto, o modelo da Toyota dá o troco. Diferentemente do Chevrolet, que tem frente igual à da picape S10, a montadora japonesa procurou criar personalidades diferentes para SW4 e Hilux.
O resultado é que o Toyota transmite mais modernidade. O Trailblazer agrada de frente, mas de lado e de traseira o aspecto não ajuda muito.
Para sacramentar a vitória do modelo da Chevrolet, o seguro do Trailblazer custa a metade do relativo ao do concorrente.