Vitória do Palmeiras
Em clássico eletrizante com seis gols no Allianz Parque, time de Cuca faz 4 a 2 na equipe de Dorival Junior, que permanece na zona de rebaixamento
Em um clássico eletrizante, disputado em alta tensão com as duas equipes pressionadas e que erraram muito, o Palmeiras superou o São Paulo por 4 a 2, ontem, no Allianz Parque, resultado que dá uns dias de paz para Cuca e afunda ainda mais o time de Dorival Junior, que continua na zona de rebaixamento.
Os erros individuais, principalmente na defesa, deram o tom do confronto e o talento do ataque palmeirense se sobressaiu na disputa. Os rivais entraram em campo pressionados. O São Paulo podendo se distanciar dos concorrentes que respiram fora do Z-4. O Palmeiras correndo o risco de perder a segunda partida seguida em casa, o que poderia derrubar Cuca.
Neste clima de necessidade de vencer, o Palmeiras se mostrou mais nervoso no começo da partida e o São Paulo apostava tudo nos contra-ataques, algo que fez durante todo o jogo. E foi assim que o time tricolor abriu o placar. Sidão lançou, Cueva ajeitou de cabeça para Pratto, que enfiou linda bola para Marcos Guilherme. O atacante apenas bateu na saída de Fernando Prass e, aos 12 minutos, silenciou o Allianz Parque.
Silêncio que se tornou tensão aos 22 minutos. Hernanes acertou uma joelhada acidental na cabeça de Pratto e o atacante caiu no gramado desacordado. No desespero, atletas dos dois times chamaram a ambulância para socorrer o argentino, que foi atendido pelos médicos das duas equipes e, ainda no chão, acordou e pareceu recuperado. Ele foi encaminhado ao hospital H Cor. A torcida do Palmeiras, mesmo adversária, aplaudiu a agilidade no atendimento.
Os cinco minutos de paralisação não foram suficientes para a defesa palmeirense se reorganizar. Luan, Jean e companhia pareciam perdidos em meio à velocidade de Marcos Guilherme, que tinha tudo para acabar o clássico como destaque tricolor, mas ele viu tudo mudar no segundo tempo. Antes, passou como quis pelos defensores e carimbou a trave de Prass.
O Palmeiras, então, apostou nos cruzamentos, que tanto incomodam os torcedores. Mas foi assim que chegou ao empate. Aos 35, Michel Bastos cruzou, Edimar não conseguiu chegar na bola e deixou Willian livre para bater cruzado. Três minutos depois, a virada. O atacante caiu pela esquerda, colocou a bola entre as pernas de Jucilei e acertou um belo chute, sem chances para o goleiro Sidão.
No último lance do primeiro tempo, Buffarini cruzou para Hernanes, que no meio da defesa palmeirense, aproveitou o vacilo, dominou com estilo e empatou com chute rasteiro, no
cantinho. Era mais um erro dos defensores para a conta.
No segundo tempo, o confronto ficou bem aberto, com os dois times bagunçados e tentando o gol a qualquer custo. Ansiedade coletiva. Cueva e Sidão eram os pontos negativos do lado
são-paulino e Jean era o mais inspirado na equipe alviverde.
O lance capital passou de quase gol do São Paulo para a virada do Palmeiras. Eram três sãopaulinos contra dois palmeirenses, Marcos Guilherme tentou resolver sozinho e perdeu a bola
para Edu Dracena. Na sequência, em jogada rápida, Deyverson tocou para Keno, que acertou uma bomba de longe, sem chances para Sidão. O erro fez com que Dorival tirasse Marcos Guilherme assim que o gol saiu.
O terceiro gol fez bem ao Palmeiras.
O time de Cuca passou a segurar a bola e deixou que o São Paulo se afundasse em sua angústia de não conseguir deixar a zona da degola. Aos 46, quando os visitantes se mandaram todo para o ataque, os mandantes ampliaram. Willian, livre
de marcação, cruzou para Hyoran dar um carrinho e mandar para as redes, marcando seu primeiro gol pelo Palmeiras. Festa alviverde no aniversário do clube e desespero tricolor, que deixou o estádio aos gritos de “ão, ão, ão, segunda divisão”.