O Estado de S. Paulo

Vitória do Palmeiras

Em clássico eletrizant­e com seis gols no Allianz Parque, time de Cuca faz 4 a 2 na equipe de Dorival Junior, que permanece na zona de rebaixamen­to

- Daniel Batista

Em um clássico eletrizant­e, disputado em alta tensão com as duas equipes pressionad­as e que erraram muito, o Palmeiras superou o São Paulo por 4 a 2, ontem, no Allianz Parque, resultado que dá uns dias de paz para Cuca e afunda ainda mais o time de Dorival Junior, que continua na zona de rebaixamen­to.

Os erros individuai­s, principalm­ente na defesa, deram o tom do confronto e o talento do ataque palmeirens­e se sobressaiu na disputa. Os rivais entraram em campo pressionad­os. O São Paulo podendo se distanciar dos concorrent­es que respiram fora do Z-4. O Palmeiras correndo o risco de perder a segunda partida seguida em casa, o que poderia derrubar Cuca.

Neste clima de necessidad­e de vencer, o Palmeiras se mostrou mais nervoso no começo da partida e o São Paulo apostava tudo nos contra-ataques, algo que fez durante todo o jogo. E foi assim que o time tricolor abriu o placar. Sidão lançou, Cueva ajeitou de cabeça para Pratto, que enfiou linda bola para Marcos Guilherme. O atacante apenas bateu na saída de Fernando Prass e, aos 12 minutos, silenciou o Allianz Parque.

Silêncio que se tornou tensão aos 22 minutos. Hernanes acertou uma joelhada acidental na cabeça de Pratto e o atacante caiu no gramado desacordad­o. No desespero, atletas dos dois times chamaram a ambulância para socorrer o argentino, que foi atendido pelos médicos das duas equipes e, ainda no chão, acordou e pareceu recuperado. Ele foi encaminhad­o ao hospital H Cor. A torcida do Palmeiras, mesmo adversária, aplaudiu a agilidade no atendiment­o.

Os cinco minutos de paralisaçã­o não foram suficiente­s para a defesa palmeirens­e se reorganiza­r. Luan, Jean e companhia pareciam perdidos em meio à velocidade de Marcos Guilherme, que tinha tudo para acabar o clássico como destaque tricolor, mas ele viu tudo mudar no segundo tempo. Antes, passou como quis pelos defensores e carimbou a trave de Prass.

O Palmeiras, então, apostou nos cruzamento­s, que tanto incomodam os torcedores. Mas foi assim que chegou ao empate. Aos 35, Michel Bastos cruzou, Edimar não conseguiu chegar na bola e deixou Willian livre para bater cruzado. Três minutos depois, a virada. O atacante caiu pela esquerda, colocou a bola entre as pernas de Jucilei e acertou um belo chute, sem chances para o goleiro Sidão.

No último lance do primeiro tempo, Buffarini cruzou para Hernanes, que no meio da defesa palmeirens­e, aproveitou o vacilo, dominou com estilo e empatou com chute rasteiro, no

cantinho. Era mais um erro dos defensores para a conta.

No segundo tempo, o confronto ficou bem aberto, com os dois times bagunçados e tentando o gol a qualquer custo. Ansiedade coletiva. Cueva e Sidão eram os pontos negativos do lado

são-paulino e Jean era o mais inspirado na equipe alviverde.

O lance capital passou de quase gol do São Paulo para a virada do Palmeiras. Eram três sãopaulino­s contra dois palmeirens­es, Marcos Guilherme tentou resolver sozinho e perdeu a bola

para Edu Dracena. Na sequência, em jogada rápida, Deyverson tocou para Keno, que acertou uma bomba de longe, sem chances para Sidão. O erro fez com que Dorival tirasse Marcos Guilherme assim que o gol saiu.

O terceiro gol fez bem ao Palmeiras.

O time de Cuca passou a segurar a bola e deixou que o São Paulo se afundasse em sua angústia de não conseguir deixar a zona da degola. Aos 46, quando os visitantes se mandaram todo para o ataque, os mandantes ampliaram. Willian, livre

de marcação, cruzou para Hyoran dar um carrinho e mandar para as redes, marcando seu primeiro gol pelo Palmeiras. Festa alviverde no aniversári­o do clube e desespero tricolor, que deixou o estádio aos gritos de “ão, ão, ão, segunda divisão”.

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ALEX SILVA/ESTADÃO Keno e Willian comemoram gol de Hyoran (dir.), o último dos 4 a 2 sobre o São Paulo, na zona de rebaixamen­to. Santos empatou com o Cruzeiro.
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ALEX SILVA/ESTADAO 1.
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2. Hernanes teve boa atuação
3. Pratto foi direto para o hospital
2. 1. Festa palmeirens­e após o quarto gol 2. Hernanes teve boa atuação 3. Pratto foi direto para o hospital
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3.

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