O Estado de S. Paulo

Smartphone vai de caminhão blindado

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Não é só dinheiro e joia que são transporta­dos em veículos blindados. O aumento de roubos de carga fez crescer a procura desse tipo de frete para smartphone­s, medicament­os, eletroelet­rônicos e cigarros, por exemplo. Até empresas de comércio eletrônico ampliaram a procura por veículos blindados.

“A procura por caminhões blindados está aumentando exponencia­lmente”, conta Marcos Guilherme Dias da Cunha, diretor geral da Transvip, transporta­dora de valores. Três anos atrás, a empresa decidiu usar não apenas carro-forte. Ela investiu mais de R$ 3 milhões em seis caminhões blindados e em tecnologia. Cada veículo é escoltado por quatro vigilantes armados que viajam na cabine do próprio veículo. Com isso, reduzem os gastos com escolta terceiriza­da.

Há mais tempo nesse mercado, a concorrent­e Brink’s também sentiu um ligeiro aumento, entre 10% a 15%, da procura de transporte de carga em carretas blindadas para o Rio nos últimos 12 meses. Roberto Martins, diretor da Brink’s Global Services, conta que a demanda por esse tipo de transporte está sendo puxada pelos smartphone­s com mais recursos. Um smartphone mais sofisticad­o custa cerca de R$ 4 mil. “Esse aumento não está necessaria­mente ligado só ao aumento da violência, a economia tem dado sinais de melhora”, pondera o executivo.

Animado com as perspectiv­as favoráveis desse novo segmento, Cunha, da Transvip, diz que a empresa está investindo cerca de R$ 5 milhões em mais dez carretas blindadas. Cada uma custa cerca de R$ 500 mil e tem capacidade para carregar mais de R$ 12 milhões em mercadoria­s. Uma carreta comum leva menos de R$ 1 milhão de produtos e sem escolta./M.C.

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