Defesa afirma que interpretação de áudio é ‘precipitada’
A defesa dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos do Grupo J&F, classificou a investigação anunciada pela Procuradoria-Geral da República como uma “interpretação precipitada”. No texto, os advogados afirmam que na discussão para o acordo de colaboração premiada diversos profissionais foram ouvidos e em momento algum houve algo que comprometesse “o ato de boa-fé dos colaboradores”.
“A interpretação precipitada dada ao material entregue pelos próprios executivos à Procuradoria-Geral da República será rapidamente esclarecida, assim que a gravação for melhor examinada”, diz a nota.
O comunicado afirma que a própria PGR diz que o diálogo em questão é composto de “meras elucubrações, sem qualquer respaldo fático”. “Ou seja, apenas cogitações de hipóteses – não houve uma palavra sequer a comprometer autoridades”. “Ao longo do processo de decisão que levou ao acordo de colaboração, diversos profissionais foram ouvidos – mas em momento algum houve qualquer tipo de contaminação que possa comprometer o ato de boa-fé dos colaboradores”, afirma a defesa.
A reportagem não conseguiu localizar ontem o ex-procurador Marcelo Miller. O escritório Trench Rossi Watanabe disse que está à disposição das autoridades “e que poderá esclarecer, com informações e documentos, aquilo que for necessário à investigação”.
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