Na região, nº de roubos avança mais que média da capital
O número de roubos e furtos registrados no 89º Distrito Policial (Morumbi) cresceu de 2.783, em 2006, para 3.318, em 2016, o que representa um aumento de 19,2%. O número é maior que o registrado na cidade de São Paulo, de 15,4%, de acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP).
Também na região do 89º DP, a quantidade de boletins de ocorrência de furtos e roubos registrados nos primeiros sete meses de 2017 cresceu 4% em relação ao mesmo período do ano passado, indo de 1.850 para 1.930. Ainda segundo dados da SSP, contudo, o crescimento da média municipal foi superior, de 11%.
Neste ano, a região já igualou os assassinatos de 2016. Entre janeiro e julho (índice mais recente), foram seis homicídios notificados no 89º DP: mesmo número do ano passado inteiro. Os latrocínios também estão empatados, com um caso.
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quadrilha levou. A Polícia Civil não estima um valor total obtidos pelos criminosos na soma de todos os casos.
As investigações apontam que o alto valor obtido nos assaltos também atraiu o interesse de criminosos especializados em outras modalidades de roubo, como explosão de caixas eletrônicos e ataques a transportadoras. Um deles seria Felipe Macedo de Azevedo, o Miojo, de 24 anos, procurado por homicídio e receptação – o
Migração.
outro líder do bando.
Miojo entrou na mira do Deic pelo menos desde 2012, quando baleou um policial do departamento na cabeça, em um assalto no Capão Redondo, na zona sul da capital. O agente sobreviveu, mas perdeu um dos olhos. Ele também esteve em pelo menos outros três confrontos com agentes do Deic no interior, só neste ano: a explosão de caixas eletrônicos na prefeitura de São Roque, além de agências bancárias em Indaiatuba e de Aguaí. Essas ocorrências terminaram com sete suspeitos mortos, além de guardas-civis e policiais militares baleados.
Ontem, policiais encontraram sete bananas de dinamite na casa dele. “O Miojo demonstra bem a transição entre roubo a caixa eletrônico, a carro forte, à base e, então, à residência”, afirmou Zaccaro. “Você imagina que um caixa eletrônico tem R$ 70 mil, R$ 80 mil”, disse o delegado. “Em uma residência, com joias, relógios, com certeza o valor, se não for igual, é superior a esse.”
Para enfrentar o bando, que era investigado havia sete meses, os policiais foram armados com fuzis na ocorrência do Morumbi. Com os suspeitos, apreenderam quatro fuzis AR15 e três revólveres calibre 38, além de duas pistolas, uma .40 e a outra 9 mm. Ao menos quatro policiais foram feridos por estilhaços. “A gente não tem prazer nenhum nisso”, disse Zaccardo sobre as mortes.
Caso.
Online.