Após reestruturar dívida, Centauro parte para IPO
ACentauro, varejista de produtos esportivos, está acelerando os passos para abrir capital. A companhia, que encerrou o processo de reestruturação de uma dívida de mais de R$ 300 milhões, já está selecionando bancos de investimento para conduzir sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Devem integrar o grupo os atuais credores como Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil, além de outros players. A oferta da Centauro deve ser primária e secundária. Assim, além de injetar dinheiro novo em caixa, possibilitando o pagamento de dívidas, serviria ainda para a saída da GP Investimentos. A reestruturação da dívida da Centauro se concentrou justamente nos principais credores – Itaú, Bradesco e BB –, o que foi considerado suficiente para restabelecer a saúde financeira da varejista. O passivo foi alongado por 5 anos, com 12 meses para o início de pagamento de juros e 24 meses para começar a pagar o principal. O processo de renegociação da dívida foi assessorado pela Stardboard e pelo Felsberg Advogados. Procurada, a Centauro não comentou.
De mudança. O Banco do Brasil começou a mudança de sua sede, em São Paulo. Vai deixar o simbólico prédio, o edifício que fica na esquina da avenida Paulista com a Augusta, e irá para a Torre Matarazzo, na esquina da Paulista com a Pamplona. O processo deve ser concluído até o final do mês.
Presidência. A nova sede do BB, que vai abrigar o gabinete da presidência do banco, visa reunir as diretorias que mais interagem com clientes de alta renda (Private) e segmento corporativo (Corporate), antes espalhadas em vários prédios. Até agora, já mudaram as áreas de Mercado de Capitais, Corporate Bank, Distribuição Sudeste e a unidade de Private Bank. A sede atual deve abrigar outras equipes com menos interação com esse público, como cartões, crédito e jurídico.
» Tudo igual. As sedes da Presidência da República e do Ministério da Fazenda permanecerão no prédio antigo do BB, sem pagar aluguel. Tanto a nova como a atual pertencem ao fundo de pensão dos funcionários do banco, a Previ. Em termos financeiros, não é esperada economia, conforme o projeto definido há quase quatro anos. Os únicos ganhos serão proximidade das equipes e eficiência. Procurado, o BB informou que a mudança visa a aproximar as equipes das diretorias do banco em São Paulo nas áreas de Private e Corporate, além de aumentar o foco negocial na região.
» Aperto de mãos. Depois de concluírem uma etapa importante da reestruturação da governança da Vale, os presidentes do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, o do BNDES, Paulo Rabello de Castro, viajam nesta semana ao Japão para “selar” o fim da holding Valepar, que detinha o controle da mineradora, com o presidente da Mitsui, Tatsuo Yasunaga.
» Impulso. O aumento do consumo de pescados no Brasil deverá impulsionar o faturamento da Zaltana, que atua na criação e venda de peixes amazônicos. A companhia, que acaba de inaugurar uma fábrica de rações própria, espera que sua receita suba 10% em 2017, a R$ 20,1 milhões.
» No martelo. A carteira de crédito de R$ 2,3 bilhões do banco BVA, que teve falência decretada em setembro de 2014, deve ir a leilão no início de outubro. O lance mínimo é de cerca de R$ 185 milhões, em primeira praça, e de cerca de R$ 145 milhões na segunda. Ao menos oito interessados teriam desembolsado R$ 30 mil para ter acesso ao material de diligência do ativo.
» Se der. A Suzano está pronta para inaugurar a janela de captações externas do segundo semestre, com uma emissão de greenbonds de US$ 500 milhões. Se o cenário político permitir, setembro e outubro devem ser aquecidos para esse tipo de operação. Outras emissões podem ser anunciadas ainda nesta semana, totalizando entre US$ 7 bilhões e US$ 10 bilhões até o fim do ano.
» Chat. A Hi Platform, que oferece plataforma de relacionamento com o consumidor, fruto da fusão entre a Direct Talk e a Seekr, espera que seu faturamento salte quatro vezes em quatro anos, para R$ 100 milhões. Um dos produtos carro-chefe da empresa são os chatbots, que são os assistentes virtuais que simulam um ser humano na conversação com clientes. A expectativa é de que esse produto represente, neste ano, de 25% a 35% da receita da Hi Platform. » De novo. A siderúrgica CSN engatilhou seu terceiro aumento de preços do aço em 2017. Dessa vez será anunciado um reajuste de 10,25%, a partir de 1.º de outubro, para a rede de distribuição e indústria. A área comercial da empresa, chefiada por Luiz Fernando Martinez, justifica o novo aumento com a alta das matérias-primas, como o minério de ferro, e também diante do preço firme do aço na China.