Mundo do esporte lamenta denúncia
Esportistas e ex-atletas brasileiros lamentam descoberta e criticam postura do COB e de Carlos Arthur Nuzman
A denúncia de irregularidades na escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, feita por um ex-atleta brasileiro de bobsled, surpreendeu o mundo do esporte. Esportistas e exatletas se pronunciaram nas redes lamentando o ocorrido.
A descoberta foi lamentada por nomes como Fernando Meligeni, Joanna Maranhão e Gustavo Endres, atletas de histórico combativo contra irregularidades no esporte. O primeiro deles, inclusive, é desafeto declarado de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil e agora investigado pelo Ministério Público Federal.
“Esse é o legado que deixaram? Essa é a maneira de cuidar do esporte do COB?”, questionou o ex-tenista. “Vocês nunca me representaram. Você não me representa, COB. Vergonha do senhor Nuzman. Feliz de sempre ter sido contra. Eu não tenho que me explicar.”
Meligeni recebeu a solidariedade da nadadora Joanna Maranhão, que lembrou dos problemas do ex-jogador de tênis com o dirigente brasileiro.
“Só lamento pelo Fininho, que se lascou por ter enfrentado Nuzman enquanto atleta. Corajoso demais!”, disse a atleta. “Cada vez mais aliviada de nunca ter sido conivente com nada disso e com nenhuma dessas pessoas”, escreveu Joanna. “Corrupção no Brasil dá muito dinheiro. Que vergonha”, afirmou Gustavo, ex-jogador da seleção brasileira de vôlei. Na mesma linha foi Jadel Gregório, ex-atleta do salto triplo do Brasil. “Quando eu disse que não iria para Copenhague para a candidatura do Brasil para os Jogos do Rio de Janeiro, tinha as minhas razões”, afirmou. A Atletas pelo Brasil, associação de personalidades do Esporte da qual participam nomes como Raí, Ana Moser, Lars Grael e Gustavo Borges, publicou comunicado lamentando as denúncias e expressando um posicionamento favorável às investigações. “A Atletas pelo Brasil vem a público defender a ampla investigação dos fatos divulgados com transparência e profundidade, para que a população possa acompanhar o processo”, afirmou a entidade.