O Estado de S. Paulo

ANS dá sinal verde a planos de saúde populares

- Ligia Formenti / BRASÍLIA

Documento aprovado pela Agência Nacional de Saúde Suplementa­r (ANS) abre caminho para que planos de saúde acessíveis (com mensalidad­es mais baixas e cobertura reduzida) sejam vendidos no País. Fruto de análise feita por grupo de trabalho convocado pela ANS, o relatório diz não haver obstáculos para os principais pontos sugeridos para esses planos.

A ANS dá sinal verde para a coparticip­ação (um valor que usuários devem pagar todas as vezes em que usam os serviços do plano) e para acabar com a exigência de que planos ambulatori­ais garantam a internação de emergência a seus usuários nas primeiras 24 horas.

“O relatório da ANS demonstra que os planos acessíveis podem ser implementa­dos pelo mercado, sendo de livre escolha do consumidor optar pela adesão”, informou, em nota, o ministro da Saúde, Ricardo Barros. “Tratam-se se ações previstas em resoluções e práticas do mercado. A ANS, portanto, deve garantir a qualidade desses produtos ofertados.”

Barros propôs os planos acessíveis que, em sua avaliação, podem trazer benefícios também para o Sistema Único de Saúde (SUS). Quanto mais pessoas ingressare­m nos planos de baixo custo, prevê ele, melhores serão as condições do SUS para terapias mais complexas.

A ideia tem sido criticada por especialis­tas. O argumento é o de que planos mais restritos têm alcance limitado e empurram ao SUS procedimen­tos mais complexos – e caros. Não haveria, portanto, economia para o SUS os usuários teriam gastos desnecessá­rios, com falsa sensação de segurança.

Procurada ontem para comentar o relatório, a ANS não se manifestou até 20h20.

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