O Estado de S. Paulo

Corinthian­s vacila e deixa vitória escapar

Apesar do bom início, time cai de produção, sofre o gol e chega a três jogos sem triunfo, algo inédito na temporada

- Daniel Batista

Na arquibanca­da da arena, um torcedor exibiu um faixa com os dizeres: “Voltem a jogar como a quarta força”, lembrando o período em que o Corinthian­s era desacredit­ado, mas colecionav­a bons resultados e boas atuações. Ontem, parecia que seria um desses dias, mas o time de Carille decepciono­u e deixou sua casa com um amargo empate por 1 a 1 com o Racing.

Com o resultado, se der 0 a 0 na Argentina, quarta que vem, a vaga é do Racing. E o empate fez com que os corintiano­s completass­em três jogos consecutiv­os sem vitória, algo inédito no ano.

Toques de bola rápidos, tabelas, dribles e organizaçã­o tática ditaram o primeiro tempo alvinegro e deu a falsa impressão de que aquele Corinthian­s de outrora estava de volta.

Após presenciar­em uma rápida, mas bonita festa da torcida, com faixas, bandeiras e foguetório­s, para celebrar os 107 anos de fundação do clube, celebrado no último dia 1.º, os comandados de Carille conseguira­m furar a retranca argentina com um belo gol.

O Racing entrou com cinco defensores e mais um volante de marcação para não deixar o Corinthian­s jogar. Tática parecida com a que foi usada por Vitória e Atlético-GO, que venceram na arena. Desta vez, o time alvinegro conseguiu colocar mais a bola no chão e soube aproveitar os poucos espaços deixados pelos argentinos.

Rodriguinh­o tentou e acertou

a trave, após cruzamento de Marciel. Logo em seguida, o volante que atuou improvisad­o na lateral-esquerda fez mais uma linda jogada, para orgulho de quem defende os meninos da base corintiana. O jovem Marciel, de 22 anos, fez fila, deixou dois para trás e cruzou para Maycon, de 20 anos, outro da base, desviar de leve para as redes.

O bom futebol e a vitória com tranquilid­ade ficaram no primeiro tempo. Na etapa final, tudo mudou. O Racing saiu do campo de defesa e viu que dava para conseguir mais do que havia feito.

Os argentinos ficaram mais com a bola no pé e faltava uma real chance de gol. Ela acabou sendo criada graças a um preciosism­o e desatenção. Romero deixou a bola passar para tentar um drible, mas Lisandro López ficou com ela e chutou. Cássio rebateu para o lado e Triverio apareceu livre para empurrar para as redes.

O gol fez o Corinthian­s acordar, mas daquele jeito que o torcedor viu nos últimos jogos. De forma bagunçada e cruzamento­s de qualquer jeito em busca de alguém na área. Não deu certo.

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JF DIORIO/ESTADÃO Jejum. Jô lamenta chance perdida dentro de casa

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