O Estado de S. Paulo

Cofundador do WhatsApp troca empresa por fundação

Chefe de engenharia do aplicativo e defensor da privacidad­e dos usuários, Acton vai criar entidade sem fins lucrativos

- /BRUNO CAPELAS

O cofundador do aplicativo de mensagens instantâne­as WhatsApp, Brian Acton, anunciou ontem que vai deixar a empresa para iniciar uma organizaçã­o sem fins lucrativos. Há oito anos, desde que criou o aplicativo com Jan Koum, atual presidente executivo da empresa, Acton liderava a equipe de engenharia do app de mensagens instantâne­as. Segundo a revista Forbes, ele tem uma fortuna estimada em US$ 6,5 bihões.

“Depois de oito anos no WhatsApp, decidi começar um novo capítulo na minha vida”, disse o executivo, em seu perfil no Facebook. “Sou sortudo de, na minha idade, poder tomar novos riscos e focar nas coisas pelas quais sou apaixonado.”

Acton deixa a empresa para criar uma fundação focada no desenvolvi­mento de tecnologia e comunicaçõ­es. “É algo que eu penso há algum tempo e acho que é hora de focar nisso. Vou divulgar mais detalhes nos próximos meses”, disse o executivo.

No texto, Acton

Novo capítulo

“Depois de oito anos no WhatsApp, decidi começar um novo capítulo na minha vida. Sou sortudo de, na minha idade, poder tomar novos riscos e focar nas coisas pelas quais sou apaixonado.” Brian Acton

COFUNDADOR DO WHATSAPP

agradeceu aos funcionári­os e usuários do WhatsApp – hoje o aplicativo tem 1,3 bilhão de usuários em todo o mundo. “É incrível ver quantas pessoas confiam no WhatsApp todos os dias”, acrescento­u.

Ex-aluno da Universida­de de Stanford, Acton se uniu a Jan Koum para criar o aplicativo de mensagens em 2009, depois de uma temporada em que os dois trabalhara­m juntos no Yahoo. Em 2014, a empresa, mesmo sem gerar receita, foi comprada pela rede social Facebook por US$ 19 bilhões.

Koum também se manifestou sobre a saída do companheir­o de WhatsApp. “Eu não poderia agradecer mais por ter tido Brian como meu parceiro nessa jornada”, disse Koum, em seu perfil no Facebook. “Sentiremos sua falta, mas seu legado na área de criptograf­ia e privacidad­e serão sempre parte do DNA do WhatsApp.”

Entrevista. Em junho, Acton concedeu entrevista ao Estado, quando veio ao País participar de uma audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os bloqueios judiciais ao WhatsApp no Brasil. Na época, ele revelou que o WhatsApp já testava, inclusive no Brasil, uma versão do aplicativo para empresas se comunicare­m com clientes. A iniciativa tem o objetivo de tornar a companhia rentável.

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MIKE BLAKE / REUTERS - 25/10/2016
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NA WEB Galeria. 8 fatos que mostram a força do WhatsApp estadao.com.br/e/whatsapp
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