Hawks e seus velhos mocinhos que resistem em ‘El Dorado’
El Dorado EL DORADO. (EUA, 1967.) DIR. DE HOWARD HAWKS, COM JOHN WAYNE, ROBERT MITCHUM, JAMES CAAN, ARTHUR HUNNICUTT, MICHELE CAREY.
Em 1959, mestre Hawks estabeleceu um paradigma de western com seu genial Onde Começa o Inferno/Rio Bravo. Na história John Wayne formava grupo heterogêneo para proteger delegacia, e impedir quadrilha de libertar um dos seus. A história agora é praticamente a mesma, com a diferença de que os mocinhos estão mais velhos – Wayne e o bêbado Robert Mitchum precisam se unir ao jovem e inexperiente James Caan, que usa um rifle de cano serrado para conseguir acertar o alvo. Como sempre, em Hawks, as mulheres aumentam o perigo para os homens e o risco é que, nesse mundo pós-feminista e politicamente correto, ele seja considerado sexista. Ação, humor, a câmera colocada à altura do olhar do homem. Se o cinema pode ser uma coisa maravilhosa, é graças a autores como Hawks. Maravilhoso.
TEL. CULT, 19H35. REPR., COLORIDO, 126 MIN.
Cabra Marcado para Morrer
Mesmo que não seja o melhor documentário brasileiro de todos os tempos, é bom. Coutinho reinventou-se ao retomar, como documentário, a ficção que teve de interromper por causa do golpe, em 1964. A perseguição a um líder das Ligas Camponesas.
C. BRASIL, 19 H. REPRISE, COLORIDO, 119 MIN.
Amarelo Manga
(BRASIL, 2003.) DIR. DE CLÁUDIO ASSIS, COM MATHEUS NACHTERGAELE, DIRA PAES, JONAS BLOCH, LEONA CAVALLI.
Gay deseja açougueiro, que louva a mulher evangélica – a melhor do mundo – mas tem uma amante. O cinema de Cláudio Assis é visceral ao expor a miséria humana.
C. BRASIL, 0H15. REPR., COLORIDO, 103 MIN.