‘Não há prova de qualquer ilícito’, afirma petista
Segundo Dilma, compra da primeira metade da refinaria se baseou em ‘informações jurídicas e financeiras íntegras’
A presidente cassada Dilma Rousseff negou ontem irregularidades por parte do Conselho de Administração da Petrobrás na aquisição da refinaria de Pasadena, em 2006. “Não há prova alguma de qualquer ilícito praticado pelo Conselho Administrativo da Petrobrás. Muitos dos seus integrantes eram empresários do mercado, com experiência em gestão e aquisições”, disse a petista em nota.
Ainda segundo Dilma, nenhum dos integrantes do conselho tinha ligação política com o governo. “Está claro, pelas próprias atas do Conselho de Administração da Petrobrás, que a compra de 50% das ações de Pasadena foi feita com base em avaliações e informações jurídicas e financeiras consideradas íntegras e cabais. Dois anos depois, o conselho foi informado de que tais informações eram parciais e incorretas.”
O comunicado cita ainda um parecer do Ministério Público Federal, de julho de 2014, segundo o qual “não é possível imputar o cometimento de delitos de nenhuma espécie aos membros do Conselho de Administração da Petrobrás, mormente quando comprovado que todas as etapas e procedimentos referentes ao perfazimento do negócio foram cumpridas”.
A defesa do ex-ministro Antonio Palocci, que integrou o conselho, declarou que só vai se manifestar depois de ser oficialmente informada do processo. O Estado não conseguiu contato com José Sergio Gabrielli, Claudio Haddad, Fabio Colletti Barbosa e Gleuber Vieira.