O Estado de S. Paulo

CBF arrecada R$ 70 milhões com as Eliminatór­ias

Boa campanha da equipe de Tite e preço salgado dos ingressos no jogos no Sudeste ajudam a entidade a faturar alto

- Leandro Silveira /

Sucesso esportivo dentro de campo, a seleção brasileira também se consolidou como êxito comercial nas Eliminatór­ias. Para alegria da CBF, acumulou uma receita bruta de R$ 70 milhões nas bilheteria­s nos nove jogos como mandante. Para alcançar esse valor expressivo, contou com a participaç­ão direta do torcedor do Sudeste, que pagou caro para ver a equipe.

O auge desse cresciment­o de arrecadaçã­o se deu na última partida do Brasil nas Eliminatór­ias, a vitória por 3 a 0 sobre o Chile, jogo que registrou renda de R$ 15.118.391,02 no Allianz Parque, a maior da história dos estádios brasileiro­s.

Os outros dois compromiss­os da seleção no Sudeste nas Eliminatór­ias ficaram entre duas das quatro maiores rendas do País. Foi assim nas vitórias por 3 a 0 sobre a Argentina, no Mineirão, com renda de R$ 12.726.250,00 e o maior público no classifica­tório (53.490), e o Paraguai, no Itaquerão, com arrecadaçã­o R$ 12.323.925,00.

Em comum entre todas essas partidas está o fato de elas terem sido disputadas no segundo turno das Eliminatór­ias, quando a seleção de Tite já havia recuperado o apoio até do torcedor mais exigente. Com isso, o maior clássico da América do Sul pôde ser, mais uma vez, disputado no Mineirão, enquanto tanto o jogo da classifica­ção para a Copa como o que selou o fim da campanha foram realizados nos estádios de Corinthian­s e Palmeiras sem o temor de que a equipe recebesse vaias.

Os cinco primeiros jogos do Brasil como mandante nas Eli- minatórias foram realizados no Norte ou no Nordeste e os quatro restantes no Sudeste e no Sul, com preços mais elevados nos ingressos para arquibanca­das, camarotes e áreas vip.

A partir disso, as receitas explodiram, apesar de a Arena do Grêmio não ter lotado no jogo com o Equador. Ainda assim, a renda foi de quase R$ 7,9 milhões, pouco mais de R$ 2 milhões maior que no duelo com maior arrecadaçã­o no Norte e no Nordeste, o confronto coma Colômbia na Arena da Amazônia (R$ 5.840.500,50).

Isso permitiu à seleção fechar os nove jogos como mandante com receita bruta de R$ 70.073.561,52, valor bem superior aos R$ 42,3 milhões auferidos pelo Palmeiras, o líder de renda no Brasileirã­o de 2016, nas 19 partidas em casa.

“Só queria agradecer novamente o carinho do torcedor. A gente queria jogar em todos os polos do Brasil. Rio é exigente, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas. O Nordeste é mais acolhedor’’, afirmou Tite após o triunfo do Brasil sobre o Chile.

Os R$ 70 milhões arrecadado­s não vão direto para os cofres da CBF. Nos nove jogos, as despesas atingiram cerca de 21 milhões – R$ 2,6 milhões apenas no confronto com o Chile. O restante, entre outras ações, ajuda a entidade a custeara estruturad­a seleção.

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