O Estado de S. Paulo

Dos tatames para o Comitê Olímpico

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Antigo vice, Paulo Wanderley Teixeira assumirá o COB após a renúncia de Carlos Arthur Nuzman. O dirigente fez sua história esportiva nos tatames e teve destaque na Confederaç­ão Brasileira de Judô (CBJ) ao se tornar presidente da entidade em 2001, após um longo período da família Mamede no comando.

Ele assumiu a CBJ e na ocasião começou a promover uma série de mudanças. A primeira foi limpar o nome da entidade, que estava irregular juridicame­nte e não podia receber patrocínio­s. A partir daí, trabalhou em função de melhorar as condições da sede, que era uma pequena sala no centro do Rio com apenas quatro funcionári­os. E tratou de resolver a questão da inadimplên­cia.

Com o tempo, vieram patrocínio­s e parte do dinheiro foi investida na formação de atletas. O Brasil já tinha um histórico de conquistas na modalidade, mas muito mais em função do talento individual do que de um projeto de médio prazo. Ele ficou 16 anos no comando da CBJ e foi um período de grandes conquistas do judô brasileiro, com 12 medalhas olímpicas e 30 pódios em Mundiais, sem contar as categorias de base.

Foi na gestão de Paulo Wanderley que veio a conquista do primeiro ouro em Mundial, o primeiro ouro feminino em Olimpíada, além de grandes eventos da modalidade serem realizados no País. Com isso, o Brasil se tornou uma das potências da modalidade e a populariza­ção do esporte abrangeu diversas regiões.

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