Pottencial tem propostas, mas ainda avalia aquisição
Avenda da seguradora mineira Pottencial pode mudar de rumo, apesar de o ativo já possuir três interessados. Isso porque a companhia estaria negociando uma possível aquisição. Mesmo que pareça contraditório, a eventual compra faz sentido na estratégia da empresa. No passado, a seguradora Pottencial demonstrou interesse em expandir sua atuação para novos ramos além do seguro-garantia, no qual é especializada. O processo de venda do Credit Suisse, no entanto, segue em curso, sendo que dois interessados são do próprio mercado de seguros e, o outro, um fundo de private equity. Especula-se no mercado que um dos candidatos que teria passado para a segunda etapa do negócio seja a chinesa Fosun.
Sem apetite. Além disso, o apetite dos acionistas da Pottencial, dentre eles a família Mattar, sócia-fundadora da Localiza, para vender a seguradora não é dos mais altos, uma vez que a operação, que não precisaria de ajustes se mudasse de mãos, é rentável. Tanto é que o preço requerido, ao redor de R$ 1,5 bilhão, foi tido como “salgado” pelo mercado. Ainda assim, na primeira etapa do processo, a Pottencial obteve a adesão de 19 interessados, entre seguradoras e fundos de private equity. Procurada, a empresa não comentou.
No negócio. Um consórcio liderado pelo Banco Fator foi selecionado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para assessorar o processo de desestatização da distribuidora de gás de Mato Grosso do Sul, a MSGás. O contrato com o grupo, que também conta com LMDM Consultoria, Vernalha Guimarães & Pereira Advogados e Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados, está em fase final de homologação.
Tá dentro. O Fator já atua no processo de privatização da companhia de saneamento do Rio, a Cedae. Em consórcio com a Concremat Engenharia e Tecnologia e o Vernalha Guimarães & Pereira Advogados Associados, o banco também foi contratado pelo BNDES para preparar a modelagem de venda da estatal carioca. Além disso, é responsável pela modelagem da privatização da geradora de energia estatal paulista Cesp. Procurado, o BNDES confirmou a informação.
Apressadinha. A companhia do setor de alimentos Camil mal chegou à Bolsa e abrirá a temporada de divulgação de resultados deste terceiro trimestre. A data escolhida será, inclusive, na ponte do feriado de Nossa Senhora Aparecida, na sexta-feira, dia 13.
À procura. A PDG Realty está procurando um lugar para a sua assembleia-geral de credores, prevista para ocorrer na primeira quinzena de novembro. A companhia atravessa a maior recuperação judicial de todo o setor imobiliário, com dívida de R$ 5,75 bilhões e 23 mil credores. A estimativa é de que aproximadamente 3 mil pessoas participem da reunião, o que exigirá a locação de um grande auditório em São Paulo, onde está a sede da companhia.
» Casa cheia. Essa dificuldade também foi enfrentada pela Oi, que tem dívida de R$ 65 bilhões e 55 mil credores, a maior recuperação judicial da história brasileira. A assembleia da operadora será no Riocentro, na zona oeste do Rio de Janeiro, com anfiteatro capaz de receber até 10 mil pessoas. Para evitar tumultos, cada credor poderá ir acompanhado de apenas um advogado e serão sorteados 40 credores para falar por no máximo cinco minutos. O presidente da assembleia ainda poderá excluir do local pessoas que tumultuem a audiência.
» Reta final. Os principais votos, que terão peso para definir os dois primeiros conselheiros independentes da Vale, já foram dados. A assembleia que dará a chancela será apenas na próxima semana, no dia 18, mas os detentores de ADRs (recibos de ações emitidos nos EUA para negociar ações de empresas de fora do País na Bolsa de Nova York) da mineradora brasileira já formalizaram os votos na plataforma de comunicação de investidores Broadridge. Para aqueles que votarão pelo Boletim de Voto a Distância (BCD) o prazo acabou ontem, dia 11. » Calmaria. A semana, assim, deve ser de calmaria às vésperas da disputa muito acirrada para o posto na maior mineradora de minério de ferro do País. Os candidatos são Sandra Guerra e Isabella Saboya, ambas indicadas pelo fundo Aberdeen, e o advogado Marcelo Gasparino e Ricardo Reisen, indicados por um grupo de diversos acionistas.