O Estado de S. Paulo

Clima menos favorável torna safra menor

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As condições climáticas que impulsiona­ram a safra passada, que atingiu a produção recorde de 238,5 milhões de toneladas de grãos, dificilmen­te se repetirão nesta que está em fase de plantio. Por isso, o primeiro levanta- mento da safra 2017/2018 que acaba de ser divulgado pela Companhia Nacional de Abastecime­nto (Conab) projeta recuo entre 4,3% e 6% na produção, que deve ficar entre 224,1 milhões e 228,2 milhões de toneladas.

O levantamen­to leva em conta as pesquisas da safra de verão para as culturas de algodão, amendoim (primeira safra), arroz, feijão (primeira safra), mamona, milho (primeira safra) e soja. A Conab utiliza informaçõe­s sobre área plantada ou a ser plantada, produtivid­ade média, câmbio, exportaçõe­s e mercado (demanda e oferta). A primeira estimativa da Conab acompanha também a safra de inverno de 2017 de aveia, canola, centeio, cevada, trigo e triticale, com dados sobre a evolução das culturas, andamento da colheita e clima.

Embora possa ser menor do que a anterior, a safra estimada pela Conab continuará a mostrar um setor agrícola altamente eficiente. Será a segunda maior da história. É do campo que continuará vindo a grande contribuiç­ão para os saldos comerciais expressivo­s que o País vem registrand­o e para manter a inflação baixa.

O estudo da Conab projeta manutenção ou até pequeno aumento de até 1,8% da área plantada em relação à que foi cultivada na safra anterior. Em razão do aumento previsto no plantio do algodão e, especialme­nte, da soja, a área cultivada deve atingir entre 61 milhões e 62 milhões de hectares. A produtivid­ade deve registrar redução em praticamen­te todas as culturas.

Soja e milho continuam sendo as principais culturas e devem responder por praticamen­te 90% do total produzido. A produção de soja deverá alcançar entre 106 milhões e 108 milhões de toneladas, por causa da expectativ­a dos produtores de que, em razão das condições do mercado, poderá propiciar rentabilid­ade melhor do que a de outras culturas. Já a produção de milho, nas duas safras, deve totalizar 93,5 milhões de toneladas.

Com relação ao arroz, a projeção é de queda de 3,8% a 4,7% na produção, que deve ficar entre 11,75 milhões e 11,86 milhões de toneladas. Também a de feijão deve ter queda, de até 2,8%, ficando entre 3,30 milhões e 3,35 milhões de toneladas.

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